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Projeto Remo Mama Sergipe encerra as atividades de 2019

O Remomama é resultado de um projeto de Práticas de Extensão na área de saúde, da Universidade Tiradentes.

às 12h41
No encerramento das atividades de 2019 um balanço dos avanços do projeto em Sergipe
No encerramento das atividades de 2019 um balanço dos avanços do projeto em Sergipe
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Cumprir as exigências de uma matéria obrigatória com um trabalho voluntário. Essa foi a ideia das estudantes de Psicologia da Unit, Sara Barbosa da Silva Rocha, Arlete Francine Santos Menezes, Jéssica Emanuelly de Jesus Bezerra, Natália Santana Magalhães, Camila Beatriz Bloch e da aluna do curso de Radiologia, Sara Barbosa Matheus quando lançaram o desafio de trabalhar com mulheres sobreviventes do câncer de mama em uma atividade esportiva.  O desafio passou a ser, então, mostrar os benefícios do remo. 

“O médico canadense Donald McKenzie, que é especialista em medicina esportiva, tem um estudo com mulheres que passaram pela cirurgia e tratamento de câncer de mama e que, contrariando a descrença de alguns, apresentaram efeitos muito positivos”, disse Sara Rocha que é praticante de remo e que trouxe a novidade após muitas pesquisas. 

“Há um ganho imensurável para essas mulheres do ponto de vista biopsicossocial. É um projeto completo. Há benefícios físicos, para autoestima, autoimagem, autonomia e neuropsicológicos com aumento da produção de serotonina e endorfina, hormônios que previnem e combate a depressão. A canoagem é perfeita para este público e esse um grande exemplo de projeto” completou o professor Cleberson Franclin Tavares Costa, responsável pelo projeto, mas que faz questão de dizer que as alunas são as protagonistas.

A busca por implementar o projeto encontrou abrigo no Movimento Mulheres de Peito que, inicialmente, apresentou uma certa desconfiança. “Para nós primeira dúvida foi como é que a gente vai remar se há tantas recomendações e cuidados médicos para com os membros superiores de uma mastectomizada? Buscamos informações, consultamos nossos médicos que confirmaram que era possível ganhar resistência com essa atividade física”, confidenciou Sheyla Galba, integrante do Movimento.   

Após alguns meses de aulas teóricas as mulheres experimentaram as primeiras remadas. Em setembro os treinos foram intensificados já com foco em competições. A primeira, planejada para o mês de março de 2020, será recreativa, mas elas querem mesmo é competir, seguindo exemplo de outras associações pelo Brasil. O encerramento das atividades deste ano aconteceu na sexta-feira, 6, com uma atividade no auditório do Bloco C, que reuniu atletas, familiares e professores. “Esse acolhimento às famílias é importante porque muitos não tem acesso às redes sociais, não conhecem os projetos que são desenvolvidos em outros lugares do Brasil e do mundo e ficam em dúvida como essas mulheres conseguem remar. Apresentamos os resultados desse trabalho, oferecido gratuitamente, que tem o apoio institucional da Universidade Tiradentes e de muitos voluntários. Para o próximo ano esperamos reunir mais parceiros para ampliar a oferta no atendimento”, concluiu Sara Rocha.    

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