Aproximadamente metade da população (47%) não concluiu o ensino médio, no Brasil. Entre a porcentagem, estão adultos entre 25 e 64 anos. É o que mostra os relatórios inéditos da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), produzidos com suportes técnicos do Todos Pela Educação e também do Itaú Social.
Concluir o ensino médio é um dos fatores primordiais para ingressar no ensino superior e se qualificar para ter uma boa colocação no mercado de trabalho. Entretanto, engana-se quem pensa que é tarde demais para ir atrás do sonho de realizar uma graduação. Graças ao Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) é possível.
O Encceja é uma prova em que pessoas com mais de 15 anos podem fazer para concluir o ensino fundamental e, com mais de 18 anos, para concluir o ensino médio. O objetivo do é garantir que mais pessoas consigam se qualificar nos conhecimentos básicos e concluírem seus estudos de nível médio.
Apesar da prova ser realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os certificados e declarações são emitidos pelas secretarias estaduais de Educação e institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Sendo que, no momento da inscrição, a pessoa seleciona a instituição que vai emitir seu certificado.
Encceja e EAD
Por ser uma formação diferente do ensino básico, muitos se perguntam se quem fez Encceja pode fazer uma faculdade na modalidade de Educação a Distância (EAD). A resposta é sim! Seja para um curso a distância ou presencial, o certificado de ensino básico é válido da mesma forma para as pessoas que conseguem se formar em período regular.
A consultora de negócios da Universidade Tiradentes (Unit), Letícia Silva, explica como funciona. “No momento da inscrição o candidato precisa adicionar o diploma gerado após a sua aprovação junto ao Encceja, no qual substitui o histórico convencional de comprovação de conclusão do ensino médio”, explica.
Mas para ingressar no ensino superior não basta apenas ter o certificado do Encceja, é necessário também que o estudante realize o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou o vestibular para iniciar uma graduação.
“Na Unit, por exemplo, é possível utilizar a nota do Enem e ainda conseguir bolsa de estudo ou financiamento estudantil por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsas de estudo integral a estudantes de baixa renda e o Fies, em que o aluno tem a possibilidade de financiar a graduação e pagar assim que concluí-la”, reitera.
Letícia ainda aponta a importância do EAD na democratização do ensino, ao contribuir para que pessoas de todas as idades tenham a oportunidade de realizar uma graduação e ingressar no mercado de trabalho.
“Costumo dizer que a educação a distância é uma facilitadora na nossa sociedade atual, na qual no nosso dia a dia precisamos passar por alguns entraves, com a correria, além dos problemas pessoais. Diante disso, o EAD traz como seu marco principal a acessibilidade, custo benefício, flexibilidade de horários, e, com isso, corrobora ainda mais para o diferencial curricular dessas pessoas, alavancando sua carreira profissional”, destaca.
A consultora também reforça as principais vantagens da modalidade. “O EAD traz o marco da acessibilidade e o gerenciamento do tempo individual, além disso, deve ser levado em consideração o ensino disponibilizado, o material didático e o suporte que todos os nossos alunos contam com o Ambiente Virtual de Aprendizagem, assim como os professores tutores. Com isso, não existe uma discrepância da aprendizagem, tendo sua eficácia mantida apesar de se tratar de um ensino a distância”, ressalta.
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