O Governo Federal anunciou a primeira edição do Concurso Público Nacional Unificado, apelidado de “Enem dos concursos”. O Concurso Unificado é uma proposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), que tem como objetivo centralizar os concursos autorizados para o recrutamento e a seleção de servidores públicos federais nas vagas autorizadas pelo governo.
Serão mais de 6 mil vagas em ao menos 20 órgãos federais e a publicação do edital está prevista para o dia 20 de dezembro. Para conversar sobre o assunto e tirar algumas dúvidas, conversamos com o professor do curso de Pedagogia da Universidade Tiradentes (Unit), Ivanildo Araújo.
Segundo o professor, desde o anúncio dos “concursos unificados”, tem sido um frenesi, sobretudo, para aqueles que pleiteiam um cargo público. Deve-se ter em vista que o número de vagas é de mais de seis mil. Acho isso positivo? Sim!
“Nesse primeiro momento, 20 órgãos e entidades federais participarão. O Governo Federal estará à frente, e uma das coisas que o candidato prioriza é a lisura em todo o certame. Além disso, o candidato não fará um concurso descentralizado, mas agregado/distribuído para 180 municípios do país. Anteriormente, alguns cargos públicos só poderiam ser concorridos em Brasília. Um candidato, por exemplo, do Nordeste, tinha que se deslocar, pagar estadia, etc. Resumindo, sim, acho superpositivo”, destacou o professor.
Em relação ao aprendizado do aluno e sua metodologia, o professor ressalta que não haverá prejuízo, a preocupação de algumas bancas e cursinhos é com a sistemática da prova. “O estudante que fará a prova para um cargo no Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), outro concorre para uma vaga na Advocacia-Geral da União (AGU), outro fará para a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), e será a mesma prova! OK! A parte Objetiva será comum a todos, e a Específica e Dissertativa trarão blocos temáticos. No entanto, teme-se que ocupantes de cargos públicos tenham um raso conhecimento de suas reais competências”, avaliou.
Para os concurseiros, a dica do professor é uma só. Estudar! Porém, ele considera prudente aguardar o edital antes de outras conclusões. “Foi dito que em dezembro será publicado. É importantíssimo ter em vista os pontos que devem ser estudados, principalmente agora que houve essa mudança sistemática nos conteúdos. As provas estão previstas para acontecer em fevereiro de 2024, e até agosto do próximo ano, os aprovados serão alocados em seus respectivos cargos.”, finalizou.
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