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Síndrome do Impostor: o que é e como lidar com a autocrítica excessiva

Professora de Psicologia da Unit explica que lidar com sintomas da Síndrome do Impostor devem, sobretudo, buscar ajuda profissional.

às 15h01
Imagem: Freepik
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A professora de psicologia, dra. Ariane de Brito Kluge.
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Tendência à auto sabotagem, procrastinação e autocrítica excessiva. Esses são um dos principais sintomas da Síndrome do Impostor. O transtorno atinge 70% das pessoas consideradas ‘bem-sucedidas’. Tom Hanks, Emma Watson e Michelle Obama admitiram que já sofreram com esse transtorno. Normalmente, ele atinge mais mulheres e tem aspecto transitório, mas para passar por esse momento é essencial a ajuda de um profissional.

“A Síndrome do Impostor, ou fenômeno do impostor, se caracteriza por um padrão de comportamento em que as pessoas duvidam de suas habilidades, profissionais e/ou acadêmicas, e sentem um medo persistente de serem descobertas como uma fraude ou profissional não merecedor, apesar de seu talento e realizações demonstrados”, explica a professora do curso de Psicologia da Universidade Tiradentes (Unit), Dra. Ariane de Brito Kluge.

De acordo com ela, por não acreditarem em suas capacidades, a pessoa acometida pela síndrome justifica suas conquistas a fatores externos, como à sorte,  se esforçam demais. “Mesmo assim, elas não conseguem aceitar o reconhecimento quando o sucesso é alcançado. E ao minimizar constantemente suas próprias realizações, elas podem acabar sabotando sua própria carreira”, diz.

“Em muitos casos, o fenômeno se manifesta já no ensino médio ou na faculdade. Nesses casos, prejuízos profissionais e pessoais podem ser acarretados, principalmente, os relacionados com a autoestima e autoconfiança do indivíduo. Essas pessoas podem apresentar baixa autoestima, níveis aumentados de estresse, esgotamento, e diminuição do desempenho e satisfação no trabalho ao longo do tempo, o que pode levar a sérios problemas de saúde mental, incluindo quadros de ansiedade e depressão”, destaca.

As causas da Síndrome do Impostor podem ser várias, como traços de personalidade, crenças cognitivas sobre si e os outros, e influências ambientais. “No entanto, é importante lembrar que apesar do recente reconhecimento da síndrome do impostor como um fenômeno clínico importante, ela ainda não é um transtorno psiquiátrico reconhecido. Ou seja, não se trata de um transtorno psiquiátrico em si”, esclarece Kluge.

“Algumas estratégias podem ajudar a lidar com os sintomas da Síndrome do Impostor, tais como: em primeiro lugar, perceber que está se sentindo assim e buscar ajuda profissional especializada para entender melhor e aprender a lidar com esses pensamentos e sentimentos; compartilhar e discutir com grupos de colegas de trabalho, familiares e/ou amigos, sobre seus sentimentos de dúvida e fracasso”, orienta.

Segundo a professora, essas atitudes são terapêuticas e mostrará ao indivíduo que ele não é o único a se sentir incapaz. “Buscar e organizar evidências concretas que provem o seu valor, de modo a diminuir a força dos pensamentos que levam o indivíduo a se minimizar; solicitar feedbacks contínuos de pessoas importantes e que o indivíduo respeita e admira, pode ser muito útil”, aponta.

“Nesse caso, o indivíduo pode saber como essas pessoas percebem seus esforços e resultados e como eles podem ser melhorados; flexibilizar os pensamentos perfeccionistas são essenciais; e sempre lembrar-se que todos nós temos vulnerabilidades e que estamos em constante formação”, conclui a professora.

 

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