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Taxa de desemprego cai para 7,5%, a menor desde 2014

Recuperação econômica e políticas públicas contribuem para redução do desemprego no Brasil

às 12h32
Josenito Oliveira- Economista e professor da Universidade Tiradentes
Josenito Oliveira- Economista e professor da Universidade Tiradentes
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A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,5% no trimestre encerrado em maio de 2024, marcando o menor índice registrado desde 2014, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE. Essa conquista representa uma queda em relação ao mesmo período de 2023 (8,5%) e a menor taxa para um trimestre encerrado em abril desde 2014.

Segundo o economista e professor de pós-graduação da Universidade Tiradentes (Unit), Josenito Oliveira, esse dado reflete uma combinação de fatores econômicos e políticos que têm impulsionado a economia brasileira nos últimos anos. “Pode ser explicada, por exemplo, pela recuperação econômica pós-pandemia; políticas de incentivo ao emprego; crescimento de setores estratégicos (agrícola, tecnologia e inovação); melhoria no ambiente de negócios com investimentos estrangeiros e internos”, destaca Josenito.

Os setores de serviços e comércio foram os principais responsáveis por essa redução no desemprego. E com a reabertura das atividades econômicas muitas empresas puderam recontratar funcionários, enquanto o aumento do consumo estimulou a criação de novos postos de trabalho. 

“A retomada de empregos em setores duramente atingidos, como comércio, serviços e turismo, foi essencial para essa recuperação. Além disso, a vacinação em massa e a redução do medo da pandemia resultaram em um aumento significativo no consumo, impulsionando a demanda por trabalhadores. A melhoria no ambiente de negócios, com investimentos estrangeiros e internos, também contribuiu significativamente para essa recuperação”, explica Oliveira. 

Impactos a curto e longo prazo

A redução da taxa de desocupação tem impactos positivos tanto no curto quanto no longo prazo para a economia brasileira. No curto prazo, é possível notar a melhoria na confiança do consumidor e empresarial, aumento do consumo e maior poder de compra. “O aumento do consumo pode estimular a produção e, consequentemente, a criação de mais empregos, gerando um ciclo virtuoso de crescimento econômico Além disso, a redução dos gastos com benefícios sociais é outro benefício importante”, destaca o economista. 

No longo prazo, a manutenção de uma taxa de desemprego baixa pode promover um crescimento econômico mais sustentável e equilibrado, além de contribuir para a redução das desigualdades sociais e o aumento da arrecadação fiscal. No entanto, Oliveira ressalta que essa relação não é sempre direta ou garantida. “A redução do desemprego pode, em tese, levar a um aumento nos salários e a uma melhoria nas condições de trabalho, mas depende de vários fatores”, explica.

De acordo com Josenito, os empregos gerados recentemente são majoritariamente formais, com carteira assinada e pelo setor privado, o que é um indicador positivo para a economia. As políticas públicas implementadas pelo governo também contribuíram para a queda do desemprego. 

Entre as principais medidas estão:

  • Programas de apoio às empresas e incentivo ao emprego
  • Incentivos fiscais e investimentos públicos
  • Políticas de capacitação e educação
  • Auxílio emergencial e transferências de renda
  • Redução de juros e facilitação de crédito

Regiões como o Sul e Sudeste do Brasil apresentaram a maior redução na taxa de desemprego, graças a uma recuperação rápida em setores chave como agronegócio, indústria, serviços e tecnologia. “Políticas locais eficazes de incentivo ao emprego e apoio às empresas, juntamente com investimentos em infraestrutura e inovação, foram cruciais para essas melhorias”, observa Oliveira.

Para continuar a reduzir a taxa de desemprego, é necessário implementar políticas adicionais que envolvam educação, inovação, infraestrutura, inclusão e reformas. “Implementar essas políticas pode não apenas criar mais empregos, mas também garantir que esses empregos sejam de alta qualidade e sustentáveis a longo prazo”, conclui Josenito Oliveira.

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