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Terapia: conheça algumas das diferentes linhas da psicologia

Muitas pessoas ainda confundem Psicologia, Psicoterapia e Psicanálise, mas tratam-se de diferentes métodos de diagnóstico, estudo e tratamento do paciente

às 23h10
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Você sabe o que é terapia? É um procedimento no qual o profissional especializado em saúde mental e o paciente se unem com o intuito de resolver crenças, comportamentos problemáticos, sentimentos e sintomas físicos relacionados. Através do relacionamento interpessoal, a terapia ajuda o paciente a desenvolver autoconhecimento e promover mudanças em sua vida. 

Dentro da Psicologia existem várias linhas diferenciadas, mas todas com o objetivo de melhorar aspectos da vida das pessoas. Geralmente o psicólogo, após concluir sua graduação, vai se especializar em uma ou até mais de uma. 

São algumas delas: Terapia cognitivo comportamental, terapia junguiana, terapia lacaniana, interpessoal, positiva e a clássica psicanálise. Vamos conhecer algumas delas um pouco melhor. 

Psicanálise ou Teoria Freudiana

O procedimento psicoterápico criado por Sigmund Freud é um dos mais usados em pacientes de todo o mundo. Nem todo psicanalista é psicólogo ou médico psiquiatra. O psicanalista pode ser formado em diferentes outras áreas, que têm uma formação posterior específica em Psicanálise. 

A ação do inconsciente, como as suas dinâmicas afetam a maneira como o paciente se comporta, sente e se relaciona, é a base de trabalho. A clássica imagem do divã, no qual o paciente se deita enquanto o analista se posiciona atrás, vem desta linha. A falta de contato visual entre eles é para facilitar o acesso ao paciente, ao subconsciente, pois ele fala sem visualizar o julgamento do analista. 

Pessoas que estão dispostas a explorar seu mundo interior podem tirar projeto da Psicanálise, bem como pessoas que apresentam problemas de personalidade mais complexos. Na Psicanálise Clássica geralmente ocorrem várias sessões por semana. 

Psicologia Analítica

Desenvolvida pelo psiquiatra Carl Gustav Jung, ela investiga os sonhos, desenhos e outros materiais como formas de expressão do inconsciente. Jung assumiu a existência de um inconsciente coletivo sensibilizado por símbolos e imagens de apelo universal. Tais símbolos, coletivamente reconhecidos como importantes, são os denominados “arquétipos junguianos”. 

Na intervenção clínica, a proposta desta terapia consiste em explorar o diálogo entre os conteúdos inconscientes e os arquétipos. A separação entre esses elementos será a origem do adoecimento psíquico. No Brasil, a Teoria Junguiana teve como seguidora a Dra. Nise da Silveira, que escreveu um livro chamado “Jung: Vida e Obra”. 

Terapia cognitivo comportamental (TCC)

Esta linha é baseada no conhecimento empírico da Psicologia e foi criada pelo psiquiatra norte americano Aaron Beck, na década de 60. Nela o histórico passado do paciente é considerado, porém o foco é compreender o comportamento pessoal de agora do paciente. Atua com o empirismo colaborativo, no qual terapeuta e paciente se alinham para mirar nos problemas do paciente, usando as ferramentas do terapeuta para resolvê-los. 

O tratamento em TCC foca em dois pilares: a reestruturação cognitiva e a resolução de problemas. Parte-se do princípio de que as cognições, crenças e pensamentos têm origem no histórico de vida e são elas que geram emoções, como raiva, alegria, ansiedade, tristeza etc. 

A terapia busca fazer com que o paciente perceba esse funcionamento mental disfuncional de uma forma racional e consciente, e consiga substituir por pensamentos mais realistas por meio de questionamentos e evidências. 

E quando se tratar de problemas factuais, quando não é um pensamento disfuncional, a TCC também ajuda na tomada de decisões, criando estratégias práticas para o indivíduo dentro daquela decisão, por meio dos recursos internos e externos de cada pessoa. Essa linha terapêutica busca ajudar a pessoa a tornar-se o “seu próprio terapeuta”.

Terapia comportamental dialética (DBT)

DBT é a sigla para Dialectical Behavior Therapy, uma abordagem orientada para a aceitação e mudança. Ela consiste em treinar novas habilidades mais adaptativas. É uma terapia com características muito integrativas e com foco em regulação emocional, em casos como ansiedade, irritabilidade, tristeza profunda etc.

A DBT também pode ajudar pessoas sem diagnóstico de transtorno, pois todas as pessoas têm dificuldade em gerenciar as próprias emoções em algum momento da vida. Emoções são inerentes ao ser humano, por isso é muito importante entender o que se sente, nomear a emoção e saber como lidar com ela. 

Muitas vezes queremos evitar sentir raiva, tristeza e medo por julgá-las como negativas, mas isso não é possível. Essa terapia vai ajudar a ressignificar as emoções como sinalizadoras de algo que está acontecendo.  

A desregulação emocional acontece também quando se tenta esconder as emoções. Neste caso, a terapia dialética comportamental tem como intuito contribuir na compreensão das emoções para diminuir o sofrimento gerado e agir de acordo com o momento. 

Esta desregulação das emoções tem sido associada a uma grande variedade de problemas de saúde. Na terapia acontece o treinamento das seguintes habilidades: de afetividade interpessoal, de regulação emocional e de tolerância ao mal-estar. 

Apenas diferentes

Não existe terapia melhor ou pior, cada uma tem o seu método de trabalho e tratamento, dependendo muito da maior ou menor adaptação do paciente a um deles. Nas terapias se avaliam, diagnosticam, tratam e estudam os processos e comportamentos mentais. 

Existem pacientes que apenas com terapia vão se sentir bem e não precisam de psiquiatra. Haverá outros que ficam bem com a Psiquiatria, não precisando de terapia e ainda aqueles que precisam de ambos os tratamentos. É importante se informar com bons profissionais para descobrir o seu caminho.

Asscom | Grupo Tiradentes
Com informações de Doctor’s Cast

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