Com o avanço das variantes do novo coronavírus em todo o mundo, em especial a Delta, a aplicação da 3ª dose das vacinas contra a Covid-19 já é uma realidade, incluindo o Brasil. A dose de reforço tem sido aplicada em idosos e pessoas imunossuprimidas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o reforço vale para quem tomou qualquer vacina contra a Covid-19 no Brasil e será realizado, preferencialmente, com uma dose da Pfizer/BioNTech. Na falta desse imunizante, a alternativa deverá ser feita com as vacinas de vetor viral, Janssen ou Astrazeneca.
“Estudos realizados em vários locais do mundo, notadamente Israel e Reino Unido, tem mostrado que uma 3ª dose aumenta a proteção sobretudo em idosos e imunossuprimidos”, declara o infectologista e professor da Universidade Tiradentes, Matheus Todt.
Para o Ministério da Saúde, a dose de reforço para imunossuprimidos é orientada, a princípio, para pessoas que tomaram a segunda dose (ou dose única) há pelo menos 28 dias. Já para idosos, acima de 70 anos, que completaram o ciclo vacinal há seis meses, também recebam mais uma dose de vacinas Covid-19.
Segundo o especialista, a 3ª dose tem objetivo de aumentar a duração da proteção contra o SARS-CoV-2. “As pesquisas têm mostrado que uma 3ª dose, sobretudo se for de uma vacina diferente das primeiras doses, prolonga significativamente essa proteção. Não estamos falando da ineficiência das duas doses iniciais e, sim, de uma forma de prolongar a proteção”, enfatiza Matheus.
“Provavelmente, teremos uma 3ª dose em todas as vacinas. Os dados sobre a necessidade de uma 3ª dose da Coronavac ainda não são conclusivos, mas provavelmente teremos uma 3ª dose dela também”, acrescenta.
O docente destaca ainda a importância dos protocolos de segurança para evitar a proliferação do novo coronavírus. “Temos que lembrar que nenhuma vacina garante 100% de proteção e que, mesmo vacinados, podemos manifestar formas leves da Covid-19 e transmitir o vírus, ou seja, as medidas de proteção como distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos continuam tão essências quanto antes”, finaliza Todt.
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