ESTUDE NA UNIT
MENU



Vacinas contra covid19: o que mudou depois de três anos?

Existem, atualmente, quatro vacinas contra a doença para uso no Brasil: CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen.

às 11h10
Imagem: Freepik
Imagem: Freepik
Compartilhe:

Há três anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovava o uso emergencial da CoronaVac. Assim, o Brasil iniciava a vacinação contra a Covid-19 com sua aplicação em uma profissional de saúde no estado de São Paulo, Mônica Calazans, de 54 anos. Existem, atualmente, quatro vacinas contra a doença para uso no Brasil: CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen. O país também já conta com doses bivalentes de fabricação da Pfizer.

Diante do cenário de complexidade sanitária mundial, uma vacina eficaz e segura é reconhecida como uma solução em potencial para o controle da pandemia, aliada à manutenção das medidas de prevenção já estabelecidas. O primeiro programa de vacinação em massa no mundo começou no início de dezembro de 2020; foram administradas pelo menos 13 vacinas diferentes (em quatro plataformas)

A eficácia das vacinas e a tentativa de eleger a melhor entre elas pode levar a conclusões enganosas. Isso porque os imunizantes foram desenvolvidos a partir de técnicas diferentes e testados em momentos, locais e em populações com nível de exposição ao vírus diferentes. Houve rigor científico em todos os testes e dados que comprovaram segurança e eficácia.

Vacinas bivalentes

Em dezembro de 2022, o Brasil recebeu o primeiro lote com 1,4 milhão de doses de vacinas bivalentes contra covid-19. As doses são de fabricação da Pfizer e protegem contra a variante Ômicron original e a variante BA1.Chamadas de vacinas bivalentes, são imunizantes atualizados para melhorar a eficácia do combate às variantes e subvariantes mais recentes da doença, como a BQ.1, que tem causado o aumento de infecções no Brasil.

As vacinas bivalentes são capazes de imunizar contra mais de uma versão de um vírus de uma só vez. Para isso, é usada a tecnologia do mRNA com dois códigos genéticos. No caso da Pfizer, está sendo usado o código da cepa original da covid-19 e o da variante ômicron, que é a predominante nas infecções recentes no mundo todo.

Outras empresas já trabalham para oferecer a mesma tecnologia em imunizantes, como a Moderna, fabricante que também usa a técnica de RNA mensageiro. Segundo a companhia, as pessoas que tomaram a nova vacina apresentaram até oito vezes mais anticorpos contra a variante ômicron em comparação aos estudos da versão monovalente.

A Sinovac, fabricante da CoronaVac, também trabalha para ter imunizantes bivalentes contra a covid19. A empresa utiliza outra técnica, por isso a versão mais recente da vacina, focada no combate à ômicron, é apenas monovalente. Mas, segundo o presidente do Instituto Butantan, responsável pela produção do imunizante no Brasil, a versão 3.0 deve ser bivalente.

Vacinômetro

A desinformação é um dos principais motivos da hesitação em relação às vacinas no Brasil e no mundo. Um amplo estudo da Nature Medicine aponta que embora a hesitação diante da imunização contra a covid19 permaneça substancial, houve um aumento na confiança nas vacinas em 2022. O índice de indivíduos dispostos a aceitar a vacinação chegou a 79,1% no ano passado, um aumento de 5,2% em relação a junho de 2021.

*Com informações de Agência Brasil, FioCruz, Butantan, Ministério da Saúde, Summit Saúde e CNN

 

Leia também: Vacinação completa diminui efeitos da nova variante do coronavírus

Compartilhe: