A noite de abertura contou a palestra “A Prática Interdisciplinar na Interface Saúde e Ambiente”, ministrada pela pesquisadora portuguesa Dra. Célia Margarida dos Santos Cabral, Doutora em Biologia pela Universidade de Coimbra, Portugal. “Eu trabalho, sobretudo, com ambiente e saúde, lido com plantas medicinais e nesse momento estou trabalhando com farmácia e no desenvolvimento de novos medicamentos, indo do trabalho botânico e complementando com toda a avaliação científica. Então, estamos tentando resgatar esse conhecimento das práticas tradicionais com as plantas e depois, englobar a química, a farmácia, a tecnologia, para tentar entender porque essas plantas têm tais princípios, como é que elas podem curar doenças, fazendo avaliações, cuidados, atividades. Ver até onde essas plantas podem estar na base para formulação de novos medicamentos”, explica.
A Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Saúde e Ambiente, Dra. Cláudia Moura de Melo, afirma que a interdisciplinaridade é indispensável, pois forma profissionais com um olhar mais abrangente, sem deixar de estar focado. “Chegamos num momento hoje na ciência e na tecnologia que parece que se a gente ficar cada um preso em seu laboratório e na sua área, não vai ser possível avançar mais” ressalta. “A interdisciplinaridade é o nosso desafio aqui na terceira edição do Sirsa. É trabalhar com a interdisciplinaridade para cumprir os desafios da área social, da saúde e do ambiente, o nosso foco é nessa tríade. Tendo como exemplo, nós temos comunidades tradicionais que fazem parte de um ambiente social, têm um ambiente natural que lhes é próprio e estamos estudando perfis de epidemias de saúde nessas comunidades” completa Dra. Cristiane Costa da Cunha Oliveira, presidente do III Sirsa.
“Não há como pensar em saúde, sem pensar em ambiente, são duas coisas que estão ligadas. E o nosso curso é interessante, pois possui profissionais de várias áreas. Desde o médico, o biólogo, o contador, independente das áreas ambientais, mas também de exatas. Hoje a questão ambiental é universal e, todas as áreas, precisam se preocupar com isso”, diz a estudante de mestrado em Saúde e Ambiente, Natali Oliveira Santos Eckert, que publicou uma cartilha, fruto de sua dissertação, sobre tartarugas marinhas no dia do evento.