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Projeto promove melhoria na qualidade de vida de idosos sergipanos

No primeiro ano de implantação, o Masterfitts apresentou grandes resultados como redução do percentual de gordura dos participantes, além da melhoria na mobilidade dos idosos

às 13h06
O Brasil segue a tendência mundial dos últimos anos com o envelhecimento da população. São mais de 30 milhões de idosos no país. Com um número bastante expressivo, o grupo etário tem se tornado cada vez mais representativo no Brasil.
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Os últimos dados apresentados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características dos Moradores e Domicílios –, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que as mulheres são maioria nesse grupo, com 16,9 milhões (56% dos idosos), enquanto os homens idosos correspondem a 13,3 milhões (44% do grupo).

Aumenta a expectativa de vida e, com isso, os cuidados e atenção com a saúde são imprescindíveis. A obesidade, por exemplo, pode aumentar com o avanço da idade. Em Sergipe, as pesquisas com pessoas com 60 anos ou mais vêm ganhando destaque. É o caso do projeto Masterfitts, iniciativa pioneira no estado que atua na promoção da melhoria da qualidade de vida dos idosos.

Com início em junho do ano passado, pesquisadores da Universidade Tiradentes, por meio do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente, avaliaram 320 idosos sergipanos. Os dados iniciais alertavam para um índice preocupante. Entre os avaliados, 62% apresentam excesso de peso e, destes, 15% estão obesos. Entre os avaliados, 83% são mulheres.

“Pensamos nesta pesquisa com a finalidade de mudar o paradigma de trabalho com idoso, ou seja, realizar um trabalho com pessoas desta faixa etária com a utilização de carga e intensidade, respeitando a individualidade de cada um e, assim, proporcionar ao participante uma oportunidade para a prática de exercícios físicos regulares, de forma gratuita, além da orientação de uma equipe interdisciplinar da área da saúde”, destaca professor Estélio Dantas. O pesquisador, que realiza estudos com idosos há mais de 20 anos, é vinculado à Rede Internacional de Motricidade Humana.

Ao final da pesquisa, no ano passado, os idosos, submetidos a diferentes programas de exercícios físicos, passaram por uma nova avaliação. Dentre os diversos fatores observados estão a autonomia funcional; o condicionamento físico; a densidade mineral óssea; a motivação; o nível de atividade física; a qualidade de vida; o risco cardíaco e o de quedas.

“O que temos de resultados com muita segurança é a excepcional percepção de evidências que comprovam melhorias entre os idosos participantes. Além da eliminação de mais de meia tonelada de gordura, pode-se observar a melhora de 27% na mobilidade e 32% na qualidade de vida das idosas”, salienta professor Estélio.

O sucesso da pesquisa foi tão grande que, atualmente, a iniciativa foi ampliada e transformada em um projeto de extensão universitária. “Para este semestre estamos selecionando novos participantes. Além do apoio integral com estudantes e profissionais de Educação Física, o projeto conta com orientação nutricional e supervisão cardiológica”, informa o pesquisador. 

O projeto é realizado de terça à quinta-feira, das 14h às 16h. Em nova fase, os participantes passarão por outras avaliações no laboratório, quadra e academia. Até o dia 11 de março, os interessados deverão se dirigir ao Laboratório de Biociências da Motricidade Humana – LABIMH – da Unit, localizado no Bloco C do Campus Aracaju Farolândia. É necessário apresentar um atestado médico com a liberação ou restrições para o treino.

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