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Seminário promove discussão sobre direito das comunidades LGBTQI+

Direitos das Comunidades LGBTQI+ são discutidos durante seminário que reúne especialistas no assunto num dos auditórios da Unit

às 19h43
Os advogados Adélia Pessoa e Sérgio Morais
Os advogados Adélia Pessoa e Sérgio Morais
Michelle Seixas
Ednalva da Silva Monteiro, organizadora do seminário
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A terceira edição do Seminário Internacional em Direitos Humanos, Jurisprudência e Cidadania LGBTQI+ reuniu nesta terça e quarta-feira, 12 e 13, no auditório Padre Melo, estudantes e profissionais da advocacia comprometidos em promover uma discussão sobre o tema.

Ao se reportar sobre a questão da educação para a diversidade, a advogada e presidente da Comissão Nacional de Gênero e Violência Doméstica do IBDFAM, Adélia Pessoa, juntamente como o advogado Sérgio Barreto Morais promoveram uma noite de reflexões sobre a tríade religião, Estado laico e direitos humanos de pessoas LGBTQI+.

“A educação para a diversidade passa necessariamente pelo debate crítico, pela liberdade de ensinar e de aprender, não apenas nas universidades, e sim desde o ensino fundamental”, diz a doutora Adélia. Ela afirma que em pleno século 21 não podemos deixar de reconhecer a diversidade de pessoas e famílias. “Onde existe o afeto e o respeito, existe um lar. Portanto, não interessa que esse lar tenha sido sacramentado apenas por um casamento civil ou religioso. É preciso que as pessoas se respeitem, porque o que está em pauta, seja em relação às preocupações sociais ou éticas, é a questão da diversidade”, comenta.

A fala do advogado e professor Sérgio Morais promoveu entre os participantes uma reflexão sobre a tríade religião, afirmação LGBTQI+ e Estado laico. “O estado não tem religião como partido, como credo religioso, e sim uma afirmação de respeito a todos os credos”, diz ele, lembrando que o povo brasileiro tem uma formação muito especial em razão das suas origens.

Michelle Seixas, palestrante da tarde desta quarta, 13, discorre sobre o tema “Assédio sexual e violência contra a mulher no mercado de trabalho”. Ao abordar sobre o universo das lesbianidades, a assistente social e conselheira nacional de saúde apresenta para a academia como as mulheres lésbicas acessam seus direitos sociais e as políticas públicas sociais no Brasil. Ao afirmar que está havendo desmonte das políticas públicas mediante o avanço da extrema direita, Michelle reconhece que os problemas se intensificam.

“Não podemos aceitar que tenhamos os nossos direitos cerceados”, diz a palestrante ao dirigir sua fala para a academia. É necessário, segundo ela, que os cidadãos aprendam a ter noção dos seus direitos sociais garantidos por lei e não apenas dos seus deveres.

Ao avaliar os resultados obtidos com a realização do Seminário Internacional em Direitos Humanos, Jurisprudência e Cidadania LGBTQI+, a organizadora do evento, Ednalva da Silva Monteiro, quis dividir com seus colegas de academia a oportunidade de aprofundar uma reflexão sobre direitos humanos, com especificidade os direitos das populações tidas como minoritárias.

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