Responsáveis por planejar e organizar os espaços internos e externos onde as pessoas vão morar, trabalhar ou ter momentos de lazer como praças públicas, shoppings, museus, cinemas e teatros, os arquitetos e urbanistas celebraram no dia 1° de julho o Dia Mundial da Arquitetura. E, assim como tantos outros profissionais, eles também tiveram que se reinventar para enfrentar os novos desafios neste período de pandemia, mas, também têm muito o que comemorar.
O que não tem faltado para os arquitetos e urbanistas é trabalho, segundo informa a coordenadora no Núcleo de Projetos, Pesquisa e Extensão de Arquitetura e Urbanismo (NUPPE) e professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unit Sergipe, Lygia Nunes Carvalho. “Com a pandemia nós fomos muito procurados para pensarmos em adaptações de espaços e até mesmo reformas, uma vez que algumas pessoas estão ficando mais tempo em casa e começaram a notar a necessidade de reformar seus ambientes. O ano de 2020 foi repleto de reformas e, 2021, vai no mesmo caminho”, disse ela.
Toda construção e modelagem artificial do ambiente físico, incluindo seu processo de projeto e o produto deste, refere-se à arquitetura, sendo essa palavra também usada para definir os estilos e métodos de projeto das construções de uma época. Por causa disso, a ideia mais imediata que se tem do arquiteto e urbanista é que eles são os profissionais que trabalham com prédios, concreto e pedra.
“E, de fato, esses elementos fazem parte do nosso cotidiano profissional, porém, o fim da nossa profissão são as pessoas”, destacou Lygia Carvalho, ao ressaltar que os arquitetos e urbanistas trabalham com pessoas, atendendo as necessidades delas, proporcionando o bem estar e realizando sonhos. “Através das nossas ideias e do nosso conhecimento técnico, nós temos a responsabilidade de produzir espaços para que as pessoas vivam melhor”, afirmou.
Se for para se queixar de algo com relação à profissão de arquitetura e urbanismo, Lygia Carvalho destaca a redução das atividades da categoria. “Infelizmente a profissão vem sendo reduzida a alguns desenhos em um pedaço de papel, sem que a complexidade de tudo que envolve um projeto arquitetônico ou urbanístico seja verdadeiramente compreendida”, explicou.
“Esse é um trabalho que demanda estarmos atentos para articularmos uma série de fatores, termos conhecimento técnico diverso e também que coloquemos em cada trabalho inspiração e arte. Para mim, de forma muito particular, o principal desafio da nossa profissão para o futuro é internalizar e agir, atendendo às necessidades das pessoas, promovendo o bem-estar e realizando os sonhos delas, pois nós estamos a serviço da vida. As tecnologias e materiais são somente os meios, mas o fim é a vida, os seres”, frisou a coordenadora.
Asscom | Grupo Tiradentes