Uma prática iniciada na Europa e hoje adotada no mundo inteiro vem ganhando força no Brasil, principalmente nas grandes empresas. O chamado “currículo cego” é um novo método de recrutamento, aplicado na primeira etapa do processo que é a triagem.
“O método iniciou porque se descobriu, por meio de pesquisas, que existia uma discriminação muito grande dentro do processo seletivo, ocasionada principalmente pela crise imigratória”, declara a psicóloga e analista de Desenvolvimento do Unit Carreiras, Maria Maciel.
Segundo a especialista, o formato de currículo sem informações pessoais como nome, endereço, idade, nacionalidade, gênero ou foto, até mesmo o endereço de e-mail, deve ser impessoal, contendo, por exemplo, iniciais.
“O método de recrutamento serve para evitar discriminação, seja por gênero, nacionalidade, raça ou quaisquer fatores que possam prejudicar as chances de determinado candidato. Funcionando somente nas fases antes da entrevista presencial, esse método pretende ser efetivo principalmente em casos em que o preconceito parte do inconsciente do recrutador”, frisa a analista do Unit Carreiras.
“A metodologia defende que os profissionais precisam ser contratados por suas competências, independente de raça, gênero ou outros fatores pessoais, o que é o foco do currículo cego. As informações pessoais, quando analisadas previamente pelos recrutadores, podem gerar uma série de preconceitos e até mesmo eliminar profissionais com grande potencial”, acrescenta.
De acordo com a psicóloga, no Brasil, a prevalência ainda é do currículo tradicional. “Os candidatos precisam inserir no documento dados como nome, endereço, gênero, idade e nacionalidade. O candidato só deverá enviar o ‘currículo cego’ mediante orientação da empresa ou poderá correr o risco de ser eliminado de um processo seletivo pela ausência de informações”, salienta.
Maria Maciel enfatiza algumas vantagens dessa metodologia. “Algumas pesquisas revelam que ao adotar essa metodologia, empresas com maior diversidade possuem desempenhos financeiramente melhores. Mais especificamente, empresas cuja equipe tem boa diversidade de gênero e étnico apresenta um desempenho maior e melhor”, destaca.
“O currículo cego, promete combater os preconceitos que ainda existem no ambiente de trabalho. Evita, por exemplo, a discriminação de mulheres em idade fértil ou de pessoas mais velhas. Também é uma poderosa ferramenta para combater xenofobia, sobretudo nos países europeus”, complementa.
Unit Carreiras
O Unit Carreiras, setor de empregabilidade da Universidade Tiradentes, é um espaço dedicado aos estudantes da graduação, pós-graduação e egressos, com foco na capacitação profissional.
O departamento, que atua no gerenciamento e divulgação de oportunidades e na orientação individual ao plano de carreira, oferta oficinas por meio do “Carreiras Virtual”. “A iniciativa tem como objetivo orientar os estudantes na preparação e elaboração de um bom currículo para se destacar em processos seletivos de emprego e estágio”, comenta Maria Maciel, psicóloga e analista de Desenvolvimento do Unit Carreiras.
Clique aqui para verificar o cronograma semanal de orientação profissional.
Nossos contatos:
e-mail: carreiras@unit.br
Tel.: 32182113/ (79)98166-0667
Leia também:
Unit Carreiras: portas abertas para o mercado de trabalho