“Meu projeto profissional, político e existencial é poder inspirar pessoas, principalmente a realizar os seus objetivos. Não quero que elas sejam iguais a mim, mas quero que consigam realizar seus sonhos, ter oportunidades, poder escolher onde empregar as suas melhores habilidades, seja na arte, pesquisa, advocacia, na política, enfim, no lugar que elas quiserem”, revela Rute Passos.
A declaração acima é da egressa da Universidade Tiradentes, Rute Passos. Na instituição, ela adquiriu os títulos de Graduação e Mestrado em Direito, além de ter tido a oportunidade de ser mentora do curso de Direito. Atualmente, Rute é doutoranda em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo e atua como advogada corporativa.
“O fato de estudar em uma universidade de grande porte abriu um leque de oportunidades para mim e tenho orgulho de dizer que aproveitei exaustivamente cada oportunidade. Seja na mentoria, monitoria, iniciação científica, extensão, na participação em eventos, entre outras atividades que cada dia mais traziam robustez à minha carreira acadêmica e profissional”, revela Rute Passos.
A sua vivência na Unit foi salutar na formalização das suas habilidades acadêmica e profissional, mas também contribuiu diretamente para o desenvolvimento do seu pensamento crítico e social. Como mulher preta, Rute busca derrubar tabus que ainda persistem na sociedade do século XXI.
“Acredito que nós mulheres pretas enfrentamos a ausência de representatividade e referência e, por vezes, precisei ser a minha própria referência, mesmo que idealmente, pois não conhecia mulheres como eu. Não que elas não existiam ou não existam, mas são poucas e por muito tempo tiveram suas trajetórias ocultadas. Observar que mulheres pretas estão ocupando lugares anteriormente enviesados por uma cultura machista e racista, significa um rompimento importante com essas estruturas violentas, porém ainda há um longo caminho pela frente”, ressalta a egressa da Unit.
O caminho pode ser longo e o trabalho árduo. Mas Rute Passos segue motivada a construir uma sociedade justa e de oportunidade para todos. E essa construção não é algo para o futuro. Ela é uma realidade e necessidade do momento presente.
“Eu gosto do clichê de que você pode ser quem você quiser, mas isso não pode ser confundido como algo que se eu desejar, será fácil. Muitos lugares ainda são violentos em relação às questões de gênero e raça, porém, tornar um futuro melhor para que outras mulheres possam efetivamente fazer o que elas quiserem sem esses obstáculos estruturais, é uma demanda atual das mulheres pretas, e os resultados são visíveis”, completa a egressa Rute Passos.
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