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Câncer de mama: a prevenção é o melhor caminho

O mês de outubro é marcado por campanhas de esclarecimento, como a Outubro Rosa; o câncer de mama não espera, mas há vida após o diagnóstico

às 15h25
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O mês de outubro é marcado pela campanha mundial de conscientização, prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. As campanhas como a do Outubro Rosa, lançada no Brasil em 2002, procuram desmistificar a doença, além de trazer informações que proporcionam a prevenção do tumor nas mamas. Conforme o Centro Especializado em Oncologia Oswaldo Cruz, 90% dos pacientes podem ser curados nos estágios iniciais da doença e é justamente por essa taxa que campanhas são criadas, difundidas e disseminadas em todo mundo. 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é a doença gerada pela multiplicação desordenada e anormal das células da mama que gera um tumor que pode invadir outros órgãos. O câncer de mama é um dos mais frequentes nas mulheres do mundo e do Brasil e pode acometer também os homens, embora não seja tão comum – cerca de 1%. Nas mulheres, a doença corresponde a cerca de 25% dos novos casos por ano. O INCA estima que somente em 2021, 66.280 novos casos poderão surgir.

O surgimento da doença não se dá exclusivamente pelo fator hereditário. A médica ginecologista Márcia Carvalho, professora do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe), explica que há também alguns fatores ambientais que aumentam o risco, como, por exemplo, tabagismo, obesidade, sedentarismo, uso de hormônios por cinco anos ou mais, e alcoolismo. Além disso, ter mais de 50 anos, ter a primeira menstruação antes dos 12 anos ou menopausa após os 55 anos e ter a primeira gravidez após os 30 também são fatores de risco. Especialistas recomendam os exames anuais, como a mamografia, a partir dos 40 anos. 

A orientação do Inca, diz Márcia, é que a mulher observe e apalpe suas mamas sempre que se sentir confortável para tal “seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano, sem necessidade de aprender um técnica de autoexame ou de seguir uma periodicidade regular e fixa, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias suspeitas”. E a qualquer sinal de anormalidade, a mulher deve procurar o auxílio médico. 

“É necessário que a mulher seja estimulada a procurar esclarecimento médico, em qualquer idade, sempre que perceber alguma alteração suspeita em suas mamas. O sistema de saúde precisa adequar-se para acolher, informar e realizar os exames diagnósticos em tempo oportuno. Prioridade na marcação de exames deve ser dada às mulheres sintomáticas, que já apresentam lesão palpável na mama ou outro sinal de alerta“, cita a professora. 

Autoexame

Geralmente, a doença costuma apresentar indícios, e segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, a principal forma de manifestação da doença é através do nódulo (caroço) – cerca de 90% – fixo e indolor, percebido pela mulher através do autoexame. Em suas fases iniciais, o seio apresenta alterações como: pele grossa e presença de nódulos, saída espontânea de líquidos e secreções, mamilos e aréolas com aspecto rugoso, quentes ou vermelhas, mamas com covinhas ou aspecto de casca de laranja, caroços elevados, feridas na pele e até mesmo, mudança no formato ou no tamanho dos seios. 

O instituto Oncoguia, afirma que para as mulheres que menstruam, o melhor período para realização do autoexame é alguns dias após a menstruação, quando as mamas não estão tão inchadas; para mulheres que estão na menopausa, o autoexame pode ser realizado em qualquer período do mês. Além das idas anuais ao médico e a realização de exames, a atenção e o autoexame são fundamentais e podem auxiliar na descoberta precoce da doença.

Como forma de prevenção, são indicadas as práticas diárias de atividades físicas, o hábito de uma alimentação saudável, manter o peso dentro do ideal, amamentar, evitar o estresse e cuidar da saúde mental, e buscar evitar o consumo frequente de bebidas alcoólicas e o tabagismo. “O Outubro Rosa é dedicado a campanhas essenciais no combate e prevenção do Câncer de mama, auxiliando na prevenção e combate da doença, acolhendo as pessoas que estão passando por esse momento ou que já passaram. Este é um movimento primordial para que a informação alcance cada vez mais um público maior e salve vidas”, afirma a professora.

Asscom | Grupo Tiradentes

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