O envelhecimento da população brasileira segue a tendência mundial. Para se ter uma ideia, até a década de 1980 havia muito mais jovens que idosos. No entanto, com o passar dos anos, a realidade mudou. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de pessoas com idade superior a 60 anos chegará a 2 bilhões de pessoas até 2050, o que representará um quinto da população mundial.
Com um número bastante expressivo, o grupo etário tem se tornado cada vez mais representativo no Brasil. O país já ultrapassou a marca de 30 milhões de idosos. Fatores como melhoria nas condições de saúde, hábitos saudáveis e prática de atividade física contribuem para o aumento da expectativa de vida.
Desde 2018, a Universidade Tiradentes, por meio do Laboratório de Biociências da Motricidade Humana (LABIMH), vem desenvolvendo pesquisas voltadas à população idosa, entre eles o Projeto Masterfitts. O Laboratório é vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente da Unit.
“A população idosa cresce exponencialmente no nosso país e no mundo. As relações do exercício físico com o envelhecimento saudável e o bem-estar dessa população já foram bem estabelecidas. Portanto, avaliar se o nível de condicionamento físico de um idoso está muito bom, bom, regular ou insuficiente é um fator importante para a saúde pública”, declara o coordenador do LABIMH e docente do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente da Unit, doutor Estélio Dantas. O pesquisador, que realiza estudos com idosos há mais de 20 anos, é vinculado à Rede Internacional de Motricidade Humana.
Recentemente, o LABIMH se destacou e apresentou uma grande conquista com o registro de patente no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual – INPI. O laboratório criou, validou e construiu um aplicativo, para Android, de um Instrumento para a avaliação do Índice de Condicionamento Físico de Idosos.
“Partindo da avaliação da composição corporal, da resistência aeróbica, da resistência muscular localizada, da força muscular e da flexibilidade, todo feita de forma simples e com instrumentos de fácil obtenção, o aplicativo possibilita o estabelecimento de um Índice de Condicionamento Físico de Idosos e sua respectiva categorização de acordo com critérios de adequação. A ideia do aplicativo foi, portanto, disponibilizar uma forma segura, simples e confiável essa função”, destaca o pesquisador.
O professor Estélio Dantas destaca, ainda, a importância para a instituição de ensino e para o programa de pós-graduação.
“Uma universidade deve, necessariamente, estar comprometida com o ensino, a pesquisa e a extensão. No tocante à pesquisa, ela deverá ser capaz de disponibilizar tecnologias capazes de atender as necessidades da comunidade, por meio da inovação”, salienta.
“A Capes avalia o PSA, em grande parte, em função de sua produção científica: artigos, livros e patentes. O aplicativo entra nessa última categoria, sendo, portanto potencialmente capaz de manter ou melhorar o conceito cinco do Programa”, finaliza.
O aplicativo já está disponível na Play Store por meio do link https://play.google.com/store/apps/details?id=io.ionic.onEnterprise.