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Encerramentos de contrato por morte cresceram 70% neste ano

Índice de desligamentos por morte, revelado em levantamento do Ministério do Trabalho, revela outra vertente da pandemia de Covid-19 no Brasil

às 18h13
Mais de 73 mil trabalhadores com carteira assinada tiveram contratos encerrados por motivo de morte: perda de capital humano (Divulgação/Ministério do Trabalho)
Mais de 73 mil trabalhadores com carteira assinada tiveram contratos encerrados por motivo de morte: perda de capital humano (Divulgação/Ministério do Trabalho)
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Entre tantas vertentes da pandemia de Covid-19 no Brasil e no mundo, está a que interfere diretamente no universo do trabalho. Um levantamento feito pelo Ministério do Trabalho revelou que os encerramentos de contrato de trabalho por morte cresceram 70% neste ano, no país.

Os meses com maiores saltos de desligamentos de trabalhadores com carteira assinada por esse motivo foram março, abril, maio e junho de 2021. Segundo os dados do Ministério, de janeiro a agosto de 2020 foram 43.008 desligamentos, quando que no mesmo período deste ano foram 73.264 encerramentos de contratos.

Entre os anos de 2019 e 2020, os encerramentos por morte aumentaram 21%. Em 2021, nos primeiros oito meses, a alta foi de 14,7%, em comparação com o registrado durante todo o ano passado.

“Essa constatação do Ministério do Trabalho é mais uma triste realidade impactada pela pandemia. São pessoas, trabalhadores que se foram, famílias que tiveram suas rendas diretamente impactadas pela morte de seus entes queridos, os quais muitos eram alicerces, eram mantenedores do núcleo familiar, e que com seu trabalho também ajudavam a girar a economia do país”, analisou o professor Werson Kaval, docente de MBA e Pós-Graduação nas áreas de Empreendedorismo, Inovação, Planejamento Estratégico e Gestão de Negócios/Startups do Centro Universitário Tiradentes (Unit Pernambuco).

Áreas mais afetadas

Os maiores índices foram registrados no setor de serviços, mas o maior crescimento de mortes ocorreu na indústria, que registrou 83% de alta de janeiro a agosto deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Na sequência, aparece o do comércio, com 77% de alta nos desligamentos por morte, e por fim o de serviços, com 66% de crescimento. 

Asscom | Grupo Tiradentes

 

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