Mesmo atrelado com frequência aos tradicionais desfiles e festas, o Carnaval não está apenas ligado à curtição, pois, tanto a data quanto o nome envolvem o contexto religioso. O nome da festa tão aguardada pelos brasileiros, de acordo com estudiosos, é derivada do latim “carnem levare” ou “afastar-se da carne”. A expressão refere-se ao consumo de carne considerado lícito pela última vez antes do jejum da Quaresma, ritual comum no catolicismo. Porém, a celebração que conhecemos não teve influência exclusiva do povo cristão.
Tradicionalmente, o Carnaval tem como seu principal ponto a ideia de subversão da ordem, na qual as coisas deixam de ser como são, para, temporariamente, assumirem seu inverso. Trata-se de um período no qual as pessoas entregam-se às festas e aos prazeres carnais, para, em seguida, iniciarem a Quaresma. Entre maracatus, marchinhas, frevos e afoxés, muitos fiéis também utilizam o período de folga do carnaval para se conectar com o catolicismo.
De acordo com a coordenadora da Capela da Universidade Tiradentes, professora Rosângela Aragão, a Capela não possui nenhuma programação específica para o Carnaval, já que a mesma funciona dentro dos cronogramas letivos. Porém, estudantes que fazem parte do grupo de oração ‘Reaviva’ são convidados a participar de retiros de renovação que acontecem em diversas paróquias ao redor do estado.
Este ano, a Quaresma começa na quarta-feira de cinzas, 2 de março de 2022, e termina na quinta-feira da semana santa, 14 de abril de 2022. Durante esse período, os fiéis são orientados a praticar o jejum, a penitência, a oração e as obras de caridade a fim de se preparar para a grande festa da Páscoa entre outras inúmeras práticas devocionais. “No período quaresmal, uma semana antes da Semana Santa, iremos fazer uma uma Via Sacra. O exercício consiste em percorrer o percurso, via orações, de Jesus desde o Pretório de Pôncio Pilatos até ao Monte Calvário”, explica.
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