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Professora comenta projeto de lei que regulamenta profissão de cozinheiro

Projeto de Lei do senador Carlos Fávaro (PSD-MT) visa regulamentar a profissão de cozinheiro.

às 17h20
Imagem: Freepik
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Várias pessoas realizam a atividade de cozinhar diariamente, seja para consumo próprio ou para atender uma demanda do mercado de alimentação. Cada vez mais diverso e crescente, o setor requer a atuação de um gastrônomo, chef ou cozinheiro. No entanto, a profissão ainda não é regulamentada no Brasil. O Projeto de Lei 1.020/2022, de autoria do senador Carlos Fávaro (PSD-MT), visa regulamentar a profissão e estabelecer, inclusive, as tarefas executadas.

Para a coordenadora pedagógica dos cursos de gastronomia e nutrição da Universidade Tiradentes, Isabelle Brito, o tema é relevante para o mundo acadêmico, visto que a instituição forma gastrônomos há 11 anos. “Muita coisa já mudou e evoluiu nesse mercado. O chef de cozinha é um cozinheiro. Quando a gente se forma, não se forma em chef de cozinha, se forma em cozinheiro. Só se torna um chef à medida que passa a ter uma equipe para liderar. O chef de cozinha é um cargo dentro da nossa profissão”, explica.

“Na graduação, o futuro gastrônomo passa pela preparação para gerir, compreendendo a gestão de pessoas e financeira. O chef precisa compreender habilidades técnicas que estarão relacionadas à área em que uma pessoa da equipe mais se encaixa. Quanto mais conseguir uma equipe plural, a orquestra toca melhor”, acrescenta Isabelle.

Por fazer parte da área da Saúde, o chef e/ou gastrônomo também precisa estar atento à importância da saúde alimentar, que compreende o processo da aquisição, conservação e manipulação até a entrega final ao consumidor. “Tudo isso exige também um estudo aprofundado da microbiologia dos alimentos, relacionado também à nutrição dos alimentos para que justamente seja oferecido um alimento seguro”, ressalta.

“Então, quando falamos desse projeto que está tramitando, é um fortalecimento desse profissional. Não é fácil, quem labuta no dia a dia das cozinhas, sabe o quão sacrificante é, principalmente, fisicamente, em um local naturalmente quente, em que se trabalha oito horas por dia, no mínimo, em pé, em um nível de estresse alto de fazer um prato rápido e bonito, de domingo a domingo… enquanto a maioria das pessoas estão aproveitando as principais festas, nós estamos nos bastidores oferecendo o melhor para o cliente. Vejo com muito bons olhos essa tramitação porque de fato vamos conseguir profissionalizar”, conclui a coordenadora.

 

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