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“Quiet quitting” entenda o que é a demissão silenciosa

O quiet quitting se aplica para os profissionais que defendem estabelecer limites bem definidos entre trabalho e vida pessoal

às 12h42
Coordenadora do Unit Carreiras, Ana Paula Morais Lima
Coordenadora do Unit Carreiras, Ana Paula Morais Lima
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Quiet quitting é o termo usado para definir o trabalhador que cumpre sua função, mas está psicologicamente separado dele. Os adeptos dessa nova tendência são chamados de  “quiet quitters”, ou “desistentes silenciosos” na tradução em português. Apesar de ser um termo novo e que ultimamente tem sido muito citado nas redes sociais, não é algo novo no mundo do trabalho. 

De acordo com a coordenadora do Unit Carreiras, Ana Paula Morais Lima, o termo é o velho conhecido como “fazer corpo mole”. “Em resumo, trata-se da conduta por parte dos trabalhadores, quando começam a fazer durante o trabalho apenas aquilo que consta nas atribuições de seu cargo. Existem vários fatores para que tal conduta aconteça, uma das mais citadas é o pós Covid-19, onde as pessoas passaram a procurar uma melhor qualidade de vida. A tal busca por mente sã”, aponta. 

Uma pesquisa realizada pela Workplace Consulting & Global Research (Gallup), aponta que desde o início da pandemia, a proporção de trabalhadores mais jovens que concordam que alguém se importa com eles e incentiva seu desenvolvimento caiu drasticamente. A Geração Z e os millennials com menos de 35 anos estão no grupo que viu uma queda substancial no engajamento. Entre os jovens trabalhadores que não estão no escritório em tempo integral, menos de 40% sabem completamente o que se espera deles no trabalho.

“Contudo, essa postura dentro da empresa leva a um lugar que talvez não esteja sendo pensado, que é a possibilidade da não ascensão profissional e/ou uma demissão não esperada. Quando um colaborador opta em fazer o “feijão com arroz” fica difícil para o gestor verificar e validar qualificações necessárias para a promoção e/ou permanência de seu colaborador. Além disso, é um complicador fazer só o solicitado porque acaba deixando de melhorar as competências e habilidades que fazem ser um profissional melhor qualificado”, aponta Ana Paula.

As definições de demissão silenciosa variam de empregadores que ativamente tornam as condições de trabalho desgastantes a gerentes que negam tempo, recursos ou oportunidades aos funcionários, incentivando-os a sair sem demiti-los imediatamente. Dado que os gerentes são essenciais na luta contra a desistência silenciosa, pode ser um desafio para os empregadores que eles estejam entre os grupos que experimentaram a maior queda no engajamento: neste momento, apenas cerca de um terço dos gerentes estão engajados em seus empregos.

“Entendo que existem situações onde o empregador abusa e acaba sobrecarregando o colaborador, é neste sentido que reforço a importância de o colaborador saber medir o quanto além das suas atividades poderá exercer, sem ter o prejuízo do seu crescimento profissional e ao mesmo tempo preservando a sua qualidade de vida”, pontua. 

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