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Novembro Azul desperta mais atenção para a saúde do homem

Campanha para incentivar a prevenção contra o câncer de próstata também chama a atenção para outras doenças que afetam e causam mortes na população masculina

às 20h07
Mensagem sobre o Novembro Azul veiculada no estádio do Maracanã (Rio de Janeiro): campanha chama atenção para os cuidados com a saúde do homem (Julia Prado/MS)
Mensagem sobre o Novembro Azul veiculada no estádio do Maracanã (Rio de Janeiro): campanha chama atenção para os cuidados com a saúde do homem (Julia Prado/MS)
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O mês de novembro chegou, e com ele a necessidade de uma maior conscientização sobre a saúde do homem. Esse é o principal objetivo da campanha Novembro Azul, criada para esclarecer e prevenir contra o câncer de próstata. A doença é uma das que mais afetam os homens no Brasil e no mundo. Apenas em nosso país, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), ela provoca a morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas, equivalente à média de uma vítima fatal a cada 38 minutos. 

Usando como mote a campanha do Outubro Rosa, que discute a saúde da mulher a partir da prevenção contra o câncer de mama, o Novembro Azul volta seu foco contra o câncer da próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino, situada abaixo da bexiga, que atua na produção de um líquido componente do esperma. 

Estima-se que 95% dos casos só são descobertos quando o câncer já está em estágio muito avançado, isto é, quando o tumor já está espalhado por outras partes do corpo. Nestes casos, aparecem os sintomas da doença, como dor nos ossos, dores ao urinar, vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina e/ou no sêmen.. 

Entretanto, o surgimento de tumores no local não apresenta nenhum sintoma, mas pode ser detectado ainda em seu início, o que aumenta significativamente as chances de cura. Para isso, são necessários exames médicos que confirmem o diagnóstico, como o ultrassom, o de sangue PSA e o de toque retal.

É justamente o exame de toque que desperta uma maior resistência de boa parte do público masculino, devido às piadas e ao preconceito que o permeiam ainda hoje. A literatura médica recomenda fortemente a realização do toque retal, único a detectar os tumores em cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata. Nele, o médico avalia o tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo protegido por uma luva lubrificada no reto.

A realização anual destes exames é recomendada a todos os homens acima dos 50 anos de idade, ou mesmo após os 40 anos, caso eles tenham um dos fatores de risco para o surgimento de tumores, como obesidade, histórico familiar da doença (pai, irmão e tio) ou ser da raça negra, considerada mais vulnerável para o surgimento da doença. 

Outras doenças 

Para além do câncer de próstata, o Novembro Azul propõe uma melhor prevenção e conscientização contra outros males que afetam a população masculina, como doenças cardiovasculares (principalmente infarto e acidentes vasculares), doenças renais crônicas e outros tipos de câncer (em órgãos como pulmão, intestino e bexiga). 

Por isso, a campanha recomenda que os homens consultem periodicamente um médico de sua confiança e façam regularmente os exames médicos de rotina, como pressão arterial, hemograma completo (sangue), glicemia, colesterol, urina e verificação do Índice de Massa Corpórea (IMC). Além disso, o público masculino é incentivado a adotar hábitos saudáveis de vida, como parar de fumar, moderar o consumo de álcool, praticar exercícios físicos (ao menos 30 minutos por dia), fazer uma alimentação equilibrada e usar preservativos nas relações sexuais. 

Há também muitos problemas de saúde mental, como depressão e transtornos psicológicos, que podem causar surtos e levar até ao suicídio. Por isso, o Novembro Azul também propõe que os homens cuidem mais da saúde mental, procurando reduzir o estresse, adequar o ritmo de trabalho (quando possível) e praticar atividades que lhe dão mais prazer, como esportes, leitura, música e outros hobbies

Asscom | Grupo Tiradentes
com informações do INCA e do Ministério da Saúde

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