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“O conhecimento é para ser transmitido”, diz pesquisadora.

Para a pesquisadora e professora da Unit, Dra. Cleide Mara Faria Soares, um dos seus principais objetivos é difundir o conhecimento.

às 18h43
A professora da Unit, Dra. Cleide Mara Faria Soares.
A professora da Unit, Dra. Cleide Mara Faria Soares.
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A formação de recursos humanos para a Ciência é um dos critérios adotados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para categorizar a produtividade dos pesquisadores que atuam nas universidades. Como forma de valorizar a atuação, o órgão concede bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) baseando-se na formação de novos cientistas e outros requisitos envolvendo ensino, pesquisa e extensão.

Neste ano, a docente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos (PEP) e em Biotecnologia Industrial (PBI) da Universidade Tiradentes (Unit), e pesquisadora do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), doutora Cleide Mara Faria Soares alcançou o nível 1C. Ela é professora na Unit desde 2006 e em 2010 teve a primeira bolsa concedida após o início do processo de internacionalização da instituição.

“A pesquisa é consolidação e consolidação significa manutenção das parcerias nacionais e internacionais com universidades públicas e particulares. Dentro da carreira acadêmica, vislumbro o nível 1A, mas, como pesquisadora, o que mais me interessa é ter conhecimento e passar conhecimento. Construí a minha carreira pensando na internacionalização, focando na formação dos alunos, o que trouxe para mim foram os artigos desses alunos, e o conhecimento e a possibilidade de empregabilidade desses alunos”, conta.

Segundo ela, a obtenção da bolsa é o resultado de esforços e tem impacto direto nos alunos. “O conhecimento não é para ser fechado em uma caixa preta, ele é para ser transmitido. E com essa difusão, são os alunos da Unit e dos nossos parceiros que estão recebendo esse conhecimento. Com a maturidade profissional dos professores pesquisadores, realizamos assim a gestão desses alunos e os incentivamos a serem melhores do que nós”, afirma.

“Certo dia, ouvi uma frase de uma das melhores alunas de Engenharia Química que formou em janeiro: ‘eu quero ser igual a você no futuro’. Tenho certeza de que ela estava falando do modelo. Por isso, sou grata à Unit por ter esse programa, por estar também na graduação. Fazer Unit é ter duas opções: fazer a sua graduação e depois a sua especialização, tanto lato sensu quanto stricto sensu”, ressalta a pesquisadora.

Como contribuição para a internacionalização e o intercâmbio de conhecimentos entre instituições parceiras, com fins de apresentar à sociedade novos produtos, a doutora Cleide Soares manteve o trânsito de alunos para o exterior e de professores estrangeiros para Aracaju. “O conjunto destes fatores é o que nos traz parcerias de interesse mútuo para conseguir um currículo forte e concorrer à bolsa”, revela.

O projeto

Anualmente, o CNPq publica editais para concessão de bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ). Para ser aprovado, o pesquisador precisa atender critérios como orientações, publicações, participação em eventos e o envio de um projeto, que passará pela avaliação de outros bolsistas CNPq de todo o Brasil. “Neste projeto, sugerimos produzir, além do óleo de licuri com baixo teor calórico por reação de acidólise, biolubrificantes por meio de uma reação que chamamos de hidroesterificação. A obtenção de biolubrificantes já é realizada no nosso grupo de pesquisa e é tema do doutorado de um dos alunos do PEP orientados por mim”, explica Cleide.

“Então, o projeto de produtividade envolve vários sub-projetos com diferentes bioprodutos: um é o óleo de baixo valor calórico obtido pela reação de acidólise, produzido durante o meu pós-doutoramento na UAB e UL, o outro é o biolubrificante e o biodetergente, o qual já possui uma patente junto aos pesquisadores envolvidos, alunos de pós-graduação do PEP/Unit e de Iniciação Científica da universidade. Portanto, Pesquisa não é realizada somente por uma  pessoa, mas sim de uma equipe. O nosso projeto envolve a Unit, o ITP e as intuições internacionais e nacionais parceiras”, conclui.

Pós-doutorado

No pós-doutorado, a pesquisadora realizou uma pesquisa conjunta vinculada ao Departament d’Enginyeria Quimica (EE), da Universitat Autònoma de Barcelona (UAB),  e ao Instituto Superior de Agronomia, da Universidade de Lisboa, para modificação de óleo de licuri, utilizando lipases imobilizadas em resíduos agroindustriais. Para isso, contou com a colaboração de pesquisadores das novas lipases modificadas geneticamente, produzidas pelo professor catedrático da UAB, Dr. Francisco Valero na utilização de enzimas específicas para biotransformação do óleo de licuri com o apoio da professora associada da Universidade de Lisboa, Dra. Suzana Ferreira-Dias.

 

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