A Universidade Tiradentes (Unit) por meio do Núcleo de Recursos Humanas (RH) realizou o 2º Encontro de Letramento Racial e seus Objetivos. O evento teve como premissa de apresentar para os membros integrantes da Vice-Presidência Jurídica do Grupo Tiradentes, Recursos Humanos (RH), Compliance e Ouvidoria a importância de investir em processos formativos e reflexivos sobre pertencimentos raciais, processos de racialização e debates sobre o letramento racial no ambiente acadêmico e institucional.
A professora doutora Sara Rogéria, destaca que a função do Letramento Racial é apresentar alguns elementos que são importantes para pensar a diversidade étnico racial no Brasil e as estruturas que fazem com que pessoas negras estejam em situação de vulnerabilidade ou em situação de exclusão, nos ambientes corporativos.
“É necessário a gente compreender os conceitos, os termos, a fim de ver na prática como é que eles se presentificam, como é que eles se realizam. No Letramento Racial trabalhamos com alguns temas etnicoraciais que são baseados para pensar essas questões, alguns termos, a linguagem ofensiva e racista que ainda é utilizada de forma naturalizada. Também é imprescindível falar sobre relações de poder, como é que se dá um racismo estrutural, racismo recreativo, institucional e as dicotomias entre negritude e os espaços de poder que essas pessoas ocupam”, aponta.
Na segunda edição, a palestrante trouxe como atividade, ações práticas antirracistas. “Dessa vez a nossa intenção é trabalhar com aspectos de posturas racistas na instituição. De como é que essas quatro áreas elas percebem isso e como é que elas dentro das suas especificidades lidam com racismo institucional e estrutural. O nosso objetivo é criar uma discussão acerca desses temas para que todos os envolvidos aprendam ações antirracistas que podem ser implementadas nos seus setores”, destaca.
Para a representante da Vice-Presidência Jurídica e do Comitê de Conduta, Mabel Chaves, é importante que a instituição promova eventos como esse para orientar e capacitar seus colaboradores.
“Quando uma empresa tem a preocupação de trazer esse letramento para o entendimento do cotidiano dos seus colaboradores ela mostra qual o seu posicionamento diante da situação. E a Unit está promovendo esse letramento racial para orientar e capacitar seus colaboradores, que são os representantes da instituição e que lidam diariamente com interações interpessoais que são tão importantes no ambiente de trabalho sobre o racismo estrutural e institucional que está enraizado na sociedade. É muito importante conscientizar os colaboradores tanto na vida profissional para minimizar também riscos passivos para empresa, quanto na vida pessoal e eles entenderem que o anti racismo é uma postura para se tomar além da instituição”, enfatiza.
O técnico de Segurança no Trabalho, Márcio França, destaca que a abordagem apresentada pela professora Sara Rogéria elucidou muitas dúvidas que ele tinha. “Gostei bastante da palestra porque o tema desenvolvido é uma realidade social atual e que ainda é muito presente no nosso meio social. Nós precisamos reconhecer quais os sintomas do racismo para poder solucionar a raiz do problema, seja no trabalho ou no nosso dia a dia. Além disso, quando aprendemos sobre o racismo estrutural ou aquelas ofensas que passam despercebidas, podemos repassar essas informações para familiares, filhos, amigos, contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária”, declara.
A diretora de Recursos Humanos do Grupo Tiradentes, Alessandra Faria, ressalta que os workshops de Letramento Racial e Seus Objetivos serão realizados para todas as equipes das instituições do GT. “A segunda palestra foi voltada para os guardiões do tema da instituição. Ou seja, os colaboradores do RH, Jurídico, Compliance e Ouvidoria. Nossa pretensão é que eles absorvam o conhecimento que foi repassado sobre o que é o racismo e como realizar ações de combate. Iremos promover outras iniciativas para líderes e colaboradores da Unit, dessa vez será online para abranger o máximo possível de pessoas sobre o que é o letramento racial, levando um pouquinho mais de conhecimento para trazer reflexões e assim as pessoas começarem a mudar a forma de agir no dia a dia”, pontua.
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