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Internato nos EUA fortalece escolha de aluna pela Medicina

Leila Lemos Nascimento, que faz o 10º período do curso na Unit, conta como foi e o que representou a sua participação no intercâmbio feito no CHA, em Boston

às 18h51
Leila Maria Lemos Nascimento, aluna do 10º período de Medicina da Unit e participante da segunda turma do internato no Cambridge Health Alliance (CHA), em Boston (EUA) (Acervo pessoal)
Leila Maria Lemos Nascimento, aluna do 10º período de Medicina da Unit e participante da segunda turma do internato no Cambridge Health Alliance (CHA), em Boston (EUA) (Acervo pessoal)
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Fazer um estágio preparatório é uma experiência fundamental para um estudante que se prepara para o mercado de trabalho. Essa experiência torna-se mais rica quando acontece em uma instituição ou empresa de ponta, num país cuja realidade é bem diferente da habitual. Foi o que viveu a estudante Leila Maria Lemos Nascimento, do 10º período do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit), que concluiu recentemente um internato na rede de clínicas do Cambridge Health Alliance (CHA), em Boston (Estados Unidos). 

A experiência, entre os dias 4 de agosto e 4 de setembro deste ano, foi possível através do programa Clinical Experience Abroad: Clerkship for Medical Students, viabilizado através da parceria entre as duas instituições. Leila foi uma das aprovadas para a segunda turma do programa e passou o estágio em meio às equipes do chamado “primary care”, modalidade de saúde equivalente à atenção básica no Brasil. “Normalmente eu ia pra clínica de saúde da família pela manhã, chegava lá 8h e saía entre 16h e 17h. Acompanhava a maior parte dos dias uma médica maravilhosa, a doutora Rachel Vogel”, relembra. 

Leila conta que se candidatou ao internato em Boston porque sonhou em fazer alguma atividade fora do Brasil. E destacou uma realidade diferente do sistema de saúde americano, que não é centralizado e nem tem um sistema público nos moldes do SUS (Sistema Único de Saúde). “Acredito que o que mais me chamou a atenção foi o fato da saúde não estar tão disponível para todos. Infelizmente é um sistema bem elitizado”, disse. 

Apesar disso, o CHA atende a cerca de 140 mil pacientes nas comunidades de Boston e das cidades de Cambridge e Somerville, todas no estado de Massachusetts, e mantém programas de atenção básica voltados a grupos e comunidades de difícil acesso, além de idosos, crianças e pessoas LGBTQIA+ e imigrantes, principalmente do Brasil, de Portugal e da África. Ele também é um das instituições afiliadas à Harvard Medical School (Escola Médica de Harvard), ligada à Harvard University, uma das cinco melhores universidades do mundo. 

Aqui entra outro fato que lhe chamou a atenção: o preparo dos alunos da Unit, que já adotam em seu dia-a-dia o PBL (Problem Based Learning), que é Aprendizagem Baseada em Problemas, mesmo método de ensino adotado na instituição americana e em outras escolas médicas pelo mundo. “Convivendo um pouco com os estudantes de Harvard, pude perceber que nós da Unit não ficamos para trás em nenhum aspecto em relação a eles. Inclusive, acredito que os médicos ficaram bem satisfeitos com nosso desempenho lá. O PBL com toda certeza é um grande estimulador do aprendizado em todo o processo”, relatou Leila. 

Para a aluna, a passagem por Boston foi uma experiência agregadora para o currículo profissional e para o crescimento pessoal, que mudou principalmente a sua visão sobre a Medicina e reafirmou sua decisão de abraçá-la como carreira. “Essa experiência foi de extrema importância para meu crescimento como futura médica. Já tenho visto as coisas de maneira diferente, sempre com muita gratidão pela experiência vivida e também sabendo valorizar mais o que temos de bom aqui. Aprendi bastante e tive várias oportunidades. E toda a equipe da Unit foi impecável e bastante solícita, nos ajudando em todo o processo”, disse.

Agora, de volta ao Brasil, Leila entra na reta final do curso de Medicina e ainda vai decidir qual especialização irá seguir na área. A certeza que permanece para ela é a de que nasceu para a Medicina, a quem considera uma vocação. “Agora esse sentimento e sonho está cada vez mais aflorado e vivo. Acredito que, mesmo sem saber, passei a vida me preparando para essa profissão. Tenho um amor imensurável pela medicina e por todas as suas maravilhas. Acho que a união do cuidado, ciência e humanidade faz da Medicina umas das profissões mais belas e admiráveis que existem”, concluiu. 

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