O ovo é preferência nacional, mas é um alimento que sempre está no centro de algumas polêmicas nutricionais. A última começou com uma declaração da dançarina Gracyanne Barbosa, que afirmou comer entre 900 a 1.200 ovos por mês e causou espanto em muita gente.
Afinal, tanto ovo assim, pode fazer mal? Para falar um pouco mais sobre o assunto, conversamos com o nutricionista esportivo e professor do curso de Nutrição da Universidade Tiradentes (Unit), Marcus Nascimento. Ele explicou que não há um limite preestabelecido para o consumo do alimento, mas sim, baseado em fatores individuais.
O alimento é preferência quando o assunto é ganhar massa magra, o nutricionista explica que isso acontece pela alta qualidade das proteínas do ovo. “Elas podem ajudar no ganho de massa muscular de quem pratica exercícios, além de ajudar na manutenção da musculatura em idosos. Outro ponto positivo é o preço acessível”, destacou.
O profissional da saúde também ressalta os benefícios do alimento, que é composto por proteínas importantes, compostas por aminoácidos que o nosso corpo não produz, mas que são necessários para a saúde muscular e do organismo em geral.
A respeito de algumas afirmações envolvendo o ovo, como, por exemplo, a que o consumo pode aumentar o colesterol, o nutricionista explica. “Seria um mito, mas que precisa ser analisado com cautela. A grande maioria das pessoas não é afetada pelo colesterol presente no alimento. Dessa forma, o ovo teria baixa influência nos níveis de colesterol sanguíneos. Entretanto, em pessoas com algum distúrbio metabólico, como por exemplo, à hipercolesterolemia familiar, estudos mostram que pode ser interessante limitar este consumo. Em todos os casos, é necessário analisar o estilo de vida do paciente e os exames para tomar uma melhor conduta”, afirmou.
Segundo Marcus Nascimento, no caso envolvendo a Gracyanne, o consumo alto dos ovos poderiam fazer mal caso ela tivesse algum distúrbio/patologia pré-existente. “Seria necessário analisar com mais cautela. Além disso, não seria surpresa que uma quantidade tão elevada pudesse alterar o nível de alguns nutrientes. No entanto, caso nenhuma alteração relevante seja detectada, o consumo poderia ser mantido”, finalizou.
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