A possibilidade de fazer praticamente tudo no mundo virtual, traz vantagens, mas também é preciso ter cuidado para não ultrapassar alguns limites e sofrer com os impactos da hiperconectividade.
De acordo com a psicóloga e professora do curso de Psicologia da Universidade Tiradentes (Unit), Catiele Reis, um dos sinais da hiperconectividade é o fato da pessoa estar sempre conectada e não conseguir lidar com a situação da conexão em outros contexto, não lidar com o fato de estar offline em determinados momentos. Ou seja, quando estão fora do universo digital, eles sentem que estão perdendo algo importante, experimentando nervosismo, oscilações de humor e, em quadros de maior gravidade, até mesmo ansiedade e depressão.
E quando falamos no aluno de Ensino a Distância (EAD), a psicóloga alerta para alguns cuidados necessários, já que a imersão no mundo online se torna necessária devido aos estudos. “É preciso que o aluno tenha momentos fora desse processo. A gente pode trabalhar com a questão de facilitar outros contextos sociais, colocar limites nos dispositivos eletrônicos, principalmente na hora de dormir e usar de forma responsável. E sempre que possível optar por contatos presenciais nas relações sociais”, destacou.
Para que o aluno EAD não inicie essa dependência, é preciso fazer um cronograma muito específico. “Ele precisa estruturar os tempos conectados e começar a estabelecer, priorizar, tempos fora da internet. É necessário ter tempo de estudo e vida social offline, impor limites. Em finais de semana, noites e dias de folga é preciso buscar programas que não envolvam a conectividade”, afirmou.
A profissional também ressalta que algumas das consequências da hiperconectividade são: prejuízo nas relações sociais, ansiedade e irritabilidade, dificuldade com o sono, dificuldade de frustração, aumento no deficit de atenção.
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