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A história de Aracaju contada através do Memorial de Sergipe

O espaço mantido pela Unit e pelo ITP possui espaços, réplicas e milhares de itens em seu acervo, que contam a história da capital sergipana desde a sua fundação

às 14h17
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Há 169 anos, em 17 de março de 1855, o então presidente de Sergipe, Inácio Joaquim Barbosa, assinava um decreto que transferiu a capital da província, até então na cidade histórica de São Cristóvão, para um pequeno e acanhado povoado às margens do Rio Sergipe: Santo Antônio do Aracaju. Desde o início, ela foi se planejando e se estruturando para receber o governo local e acompanhar o crescimento da economia e da população, até chegar ao status atual de capital regional, com mais de 600 mil habitantes e uma gama de serviços que atendem não apenas a Sergipe, mas também a regiões circunvizinhas de Alagoas, Bahia e Pernambuco. 

Parte dessa história é melhor contada através do Memorial de Sergipe, mantido pela Universidade Tiradentes (Unit) e pelo Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP). Em sua nova sede, inaugurada em outubro de 2023 na Orla de Atalaia, ele dedica um grande e valioso espaço para a cidade de Aracaju, abordando sua fundação, fatos históricos, locais que marcaram época e serviços implementados a partir do início do século passado, como a telefonia, o rádio, a luz elétrica e o transporte por bondes. 

“O Memorial de Sergipe é um espaço de memória e valorização da história de Aracaju desde a fundação até os dias atuais. Além de contarmos a história da cidade desde a sua fundação, vamos narrar através de acervo histórico e diversos recursos audiovisuais e sensoriais o cotidiano, a economia, a política e os principais fatos que marcaram a vida dos aracajuanos”, destaca a museóloga Sayonara Viana, diretora do Memorial de Sergipe.

Entre os milhares de itens do acervo do Memorial, está a Coleção Rosa Faria, com louças e azulejos pintados pela artista plástica Rosa Faria (1917-1997), uma das maiores pintoras sergipanas do século passado. Muitos de seus itens, incluindo paineis de azulejos e porcelanas, contam a história da fundação de Aracaju e a transformação dela na capital do Estado. 

Outro destaque é a sala Aracaju Antiga, que reúne cartões-postais, vídeos e uma réplica do famoso “bondinho” que passava pelo centro antigo da cidade. “A sala expõe aos visitantes os passos para a fundação de Aracaju como uma das primeiras cidades projetadas do Brasil, além de imergir-los em uma experiência visual e sensorial com a réplica de um bonde elétrico que estava em funcionamento na primeira metade do século XX. A partir de recursos audiovisuais, como narração e projeção das paisagens da antiga Rua da Aurora, através dos traços do artista Tintiliano, os visitantes poderão realizar um passeio pela romântica Aracaju do início do século XX”, descreve Sayonara.

Esta sensação de mergulho pode ser vivenciada em outro espaço do Memorial: a reconstituição do Cine Theatro Rio Branco, um dos primeiros cinemas de rua de Aracaju, que funcionou entre 1913 e 2002. É um cenário adaptado ao auditório do memorial, com placas originais e dos pôsteres dos filmes exibidos na época em seu interior, além de citações a apresentações teatrais e musicais de renome nacional que se apresentaram no antigo cinema, como Procópio Ferreira, Bidu Sayão, Tito Shipa, Renato Vianna, Ítala Fausta e outros. 

Programação

Neste domingo, 17 de março, dia do aniversário de Aracaju, o Memorial de Sergipe vai promover, a partir das 10h, um evento em homenagem à capital sergipana. Será a palestra “Um Roteiro de Aracaju”, que será ministrada pelo professor José Anderson Nascimento, presidente da Academia Sergipana de Letras (ASL). Ele vai falar sobre a fundação da cidade, sua evolução humana, a ocupação territorial e os impactos ambientais, além da expansão da cidade em todos os setores e o seu perfil turístico. A artista Rosa Faria também será homenageada, com a apresentação de suas obras sobre a história de Aracaju. 

No mesmo evento, será inaugurada a exposição “Soldados da Vida: uma longa história”, sobre os 104 anos de existência do Corpo de Bombeiros Militar de Sergipe (CBMSE). A mostra, feita em parceria com a corporação, vai apresentar artigos e objetos históricos usados pelos militares desde a década de 1930, como capacete, uniformes, fotografias, ferramentas, lanternas, telefones com fio, mangueiras e outros. A Banda do CBMSE também se apresentará no local, com um repertório dedicado ao aniversário da capital. 

O Memorial de Sergipe está localizado na Praça de Eventos da Orla de Atalaia e fica aberto ao público de terça a sábado, das 10h às 16h, e aos domingos e feriados, de 10h às 13h. Outras informações podem ser conferidas no site do Memorial

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