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Egresso de Biomedicina conquista 2º lugar no ENARE

Pedro Alves inicia residência multiprofissional na área de Saúde Coletiva e destaca importância da formação na Universidade Tiradentes

às 19h47
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Criado como uma alternativa aos processos seletivos isolados para residências em saúde no país, o Exame Nacional de Residência (ENARE) é uma iniciativa da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) que unifica o acesso a programas de residência em diversas instituições públicas. Voltado para profissionais recém-formados de diferentes áreas da saúde, o ENARE tem ganhado destaque pela abrangência e pela concorrência, tornando-se uma das principais formas de ingresso em residências multiprofissionais e uniprofissionais em todo o Brasil.

Foi por meio desse modelo de seleção que o egresso do curso de Biomedicina da Universidade Tiradentes (Unit), Pedro Alves de Oliveira Júnior, conquistou o 2º lugar no processo seletivo da residência em Saúde Coletiva da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas, no Tocantins. A aprovação é resultado de dedicação, formação sólida e visão ampla sobre as possibilidades profissionais da Biomedicina.

O caminho até a saúde coletiva

A escolha pela Biomedicina, para Pedro, foi impulsionada pela curiosidade e pela amplitude de áreas que o curso oferece. “Foi um curso que ganhou minha atenção durante o ensino médio. Fiquei curioso quando soube da diversidade de áreas que a Biomedicina abrange, escolhi ela pois não conseguia definir algo específico pra mim inicialmente”, relata o biomédico. O fascínio pela pesquisa científica e a atração pela área da saúde o levaram a ver na Biomedicina uma oportunidade de autodescoberta profissional, sem a necessidade de se prender a uma única especialização desde o início.

Durante a graduação, embora a pesquisa e as análises clínicas, especialmente em laboratórios hospitalares, fossem de grande interesse, Pedro manteve-se aberto a outras possibilidades. “Sempre tive a sensação de ser muito aberto a diversas áreas, nunca me prendi a determinadas especializações como algo que faria pelo resto da vida”, afirma. Essa flexibilidade o levou a explorar até mesmo a Imaginologia, que escolheu como segunda habilitação, mas sem seguir carreira na área.

O processo seletivo foi, nas palavras de Pedro, “desgastante”. O exame enfrentou diversas críticas, incluindo erros no conteúdo das provas, adiamentos de cronograma e falhas na avaliação de títulos. “Tudo isso afetou emocionalmente quem enxergava na prova uma oportunidade real de transformação profissional. Foi exaustivo”, relata. Ainda assim, Pedro obteve pontuação suficiente para disputar uma das cerca de 17 vagas disponíveis nacionalmente para biomédicos. Com o bom desempenho, optou por Palmas/TO como local de residência. “Era uma das opções mais viáveis, considerando os critérios do edital e o contexto pessoal”, comemora.

A atuação do biomédico

Atuando nos órgãos de vigilância da Secretaria Municipal de Saúde de Palmas, Pedro e seus colegas de residência, oriundos de diversas graduações, trabalham como profissionais sanitaristas. “Nos desvinculamos um pouco das nossas áreas de atuação para termos um panorama mais geral da vigilância em saúde, seus determinantes e condicionantes”, explica. Ele, especificamente, atua no setor de Imuno Preveníveis, na vigilância de agravos como doenças exantemáticas, síndromes gripais e COVID-19, analisando notificações, avaliando a distribuição de casos e buscando quebrar as cadeias de transmissão.

Com a residência, as expectativas de Pedro são ambiciosas. “Quero adquirir esse conhecimento sobre vigilância e quem sabe levá-lo para demais locais, conquistar também um maior valor profissional tendo a visão de áreas diversificadas”, revela. Ele espera compreender a realidade da atenção básica e da vigilância, e as dificuldades em integrar esses setores da saúde.

A base construída na Unit

Pedro faz questão de reconhecer o papel fundamental da Unit em sua formação. “A Unit foi essencial para construir meu referencial teórico. Os conteúdos abordados durante a graduação foram pilares importantes para a prova do ENARE”, pontua. Ele faz questão de destacar alguns professores que marcaram sua trajetória. “O professor Márcio André foi fundamental, tanto nas aulas quanto na orientação do TCC. A professora Patrícia Oliveira conseguiu driblar as limitações da pandemia com aulas práticas excelentes. Já o professor Alysson Costa encantava com Hematologia, e o professor Jorge Alberto Lopez, com sua didática e humanidade, despertou meu interesse por Bioquímica”, reitera Pedro.

Entre as diversas oportunidades oferecidas pela Unit, o biomédico ressalta a importância dos cursos de extensão. “Participo mais de alguns cursos de extensão, que despertaram em mim essa curiosidade em áreas não tão comuns, alguns que abordavam bem o Sistema Único de Saúde (SUS) e me fizeram imaginar como seria estar do outro lado, atuando diretamente em prol da saúde pública”, conclui.

Planos futuros

Pedro ainda não definiu exatamente qual será o rumo após a conclusão da residência. Sua intenção é manter o leque de possibilidades aberto. “Pretendo buscar um concurso público, mas estou aberto a outras áreas. Cada experiência agrega e não me fechar a uma única possibilidade me permite viver realidades distintas e enriquecedoras”, revela.

Aos alunos atuais de Biomedicina que almejam uma residência, Pedro deixa uma mensagem de otimismo e persistência. “Tenham a mente aberta para as oportunidades e paciência, após a conclusão do curso só fui conseguir algo concreto na área após um ano e meio”, elenca. Ele enfatiza que a jornada de cada um é única e que a oportunidade certa chegará para aqueles que estiverem preparados. 

A residência, segundo Pedro, é uma excelente escolha para quem concluiu a graduação, oferecendo a vivência do SUS de perto, a conquista de uma especialização e experiência profissional em dois anos, ao mesmo tempo em que prepara para futuras oportunidades. 

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