De acordo com a empresa de pesquisas educacionais Educa Insights, em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), houve um aumento de 43% no número de matrículas na modalidade híbrida em 2022, em comparação ao ano anterior. Isso porque essa modalidade combina tanto práticas presenciais quanto remotas, fortalecendo a aquisição e conhecimento acadêmico dos alunos.
Outro destaque que a recente pesquisa traz é a procura por cursos na área da Saúde na modalidade híbrida que cresceu 94%. Afinal, os profissionais deste segmento atuam há mais de dois anos na linha de frente contra a Covid-19, e com isso tiveram que se reinventar para atender a demanda da população.
Em meio a uma pandemia que fez com que todas as carreiras fossem redimensionadas, foi reforçada a necessidade de inovação nos formatos de ensino, já que não se aprende mais da maneira então convencional. Com a popularização do acesso a smartphones e computadores, o ensino-aprendizagem passou a entender estas ferramentas como essenciais.
O egresso do curso de Educação Física da Universidade Tiradentes (Unit), Josafá Luiz dos Santos, explica porque optou pela modalidade de Educação a Distância (EAD). “Eu necessitava de tempo livre para trabalhar, coisa que no presencial eu não teria como. Então, consegui manter o trabalho e estudar com horários ajustados. Eu já tinha um certo interesse pelo ensino on-line, que se intensificou na tomada de decisão.”, diz.
Os dados do Censo da Educação Superior de 2020, publicado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), revelou que a modalidade de cursos não presenciais era considerada como opção por 40% dos futuros universitários no contexto pré-pandêmico, e se tornou uma alternativa para 78% depois deste período.
Para o egresso Josafá, seu maior interesse pelo curso não presencial também foi resultado da pandemia e ressalta que essa opção tende a crescer entre seus colegas. “Além da flexibilidade de horários, consegui me adaptar ao modelo de ensino, podendo afirmar que há subsídios suficientes para exercer a profissão escolhida. Ainda destaco que, através do ensino digital, tive a aproximação de profissionais e amigos do curso de diversos lugares, coisa que talvez no presencial seria mais difícil”, pontua.
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