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Sétima arte na Unit

 

Cinema pela Verdade é o tema da programação que mobiliza a partir desta segunda-feira, 12, até a quinta-feira, 15, os acadêmicos dos campi Farolândia, Estância e Itabaiana

A Unit é palco do primeiro Festival “Cinema pela Verdade”, realizado pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM) em parceria com o Ministério da Justiça, via Comissão de Anistia. O projeto objetiva levar para os quatro cantos do Brasil filmes nacionais que têm como tema central o período da ditadura civil-militar e suas consequências. Ao todo, o festival vai percorrer as 27 unidades federativas e passar por no mínimo 81 universidades, promovendo exibições gratuitas, seguidas de debate com a presença de convidados, incluindo diretores e produtores das obras.

A primeira exibição ocorre às 18h30 desta segunda-feira, no auditório Padre Arnóbio e destaca a película “Infância Clandestina” de Benjamín Ávila, filme que concorreu ao Oscar 2013 na categoria melhor filme Argentino, 1979. No enredo Juan, assim como seus pais e seu tio leva uma vida clandestina. Fora do berço familiar ele é conhecido pelo nome de Ernesto e precisa manter as aparências pelo bem da família, que luta contra a ditadura militar que governa o país.

Após a exibição de Infância Clandestina será promovido um debate com acadêmicos, pesquisadores, integrantes de movimentos sociais e culturais com as participações dos professores do mestrado em Direito Karyna Sposato e Ilzver Mattos, sob a coordenação da professora Waldimeiry Corrêa da Silva.

No dia 14, também às 18h30 será exibido no Campus Aracaju Farolândia o filme Mariguella, de Isa Grispum Ferraz, ganhador do Prêmio de melhor longa-metragem da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul em 2012 seguido de debate promovido pelos professores Alexandre Pagliarini e Ronaldo Marinho, sob a coordenação da professora Waldimeiry Corrêa da Silva. Carlos Marighella foi o maior inimigo da Ditadura militar no Brasil. Este líder comunista e parlamentar foi preso e torturado, e tornou-se famoso por ter redigido o Manual do Guerrilleiro Urbano. Nesse mesmo dia a horário, o filme Eu me lembro será exibido no Campus Estância, seguido do debate coordenado pela professora Gabriela Maia Rebouças e com a participação do professor Ronaldo Almeida como um dos debatedores.

No dia 15, também às 18h30 o Campus Itabaiana recebe a película NO de Pablo Larraín, que concorreu ao Oscar 2013 na categoria melhor filme. Pressionado pela comunidade internacional, o ditador Augusto Pinochet aceita realizar um plebiscito nacional para definir sua continuidade ou não no poder. Os líderes do governo contratam René Saavedra para coordenar a campanha contra a manutenção de Pinochet. Será debatedor o professor Fábio Rogério, sob a coordenação da professora Liziane Paixão.

 

Ilustração

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O Projeto

O “Cinema pela Verdade” foi contemplado pelo edital “Marcas da Memória”, da Comissão de Anistia, que visa promoção de eventos e projetos em geral com foco no período da ditadura civil-militar no Brasil. O debate sobre a atuação da Comissão de Anistia precisa ser feito por toda a sociedade e não apenas pelos setores interessados, e a ampliação da participação de todos nesta discussão é o que pode, não somente propiciar a sua consolidação, como também demonstrar a importância do resgate histórico, jurídico, político e humano deste período da história do Brasil.

O festival é produzido pelo Instituto Cultura em Movimento (ICEM), organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada em 2002, nascida da bem sucedida experiência do projeto “Cinema em Movimento”, rede nacional de agentes culturais, organizada em torno da distribuição gratuita de filmes brasileiros, atuando em todas as 27 unidades da federação. Para a produção do “Cinema Pela Verdade”, o ICEM conta com 01 Agente Mobilizador em cada estado, são universitários previamente selecionados e capacitados, que serão responsáveis por articular localmente as exibições nas universidades, colaborar na divulgação do evento, ajudar na pesquisa de pessoas para compor as mesas de debates, além de escrever relatórios sobre as sessões.

O cinema sempre foi e será um instrumento indispensável de resgate da memória de um povo, e para relembrar este período marcante da história brasileira.

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