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Aluna de Farmácia participa de pesquisa sobre óleo da semente do maracujá

O projeto de iniciação científica, desenvolvido no Nuesc/ITP, busca extrair produto que pode ser usado no desenvolvimento de produtos fitoterápicos, alimentos funcionais e cosméticos

às 15h09
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As pesquisas desenvolvidas na Universidade Tiradentes (Unit), além de buscarem respostas e soluções para as mais variadas questões, ajudam a colocar mais alunas em contato com a ciência, a tecnologia e a inovação, despertando talentos e vocações ainda na graduação. Entre elas, está a estudante Vitália Bispo dos Santos, do 9° período do Farmácia, que passou pela iniciação científica ao participar de uma pesquisa sobre a extração de óleo da semente do maracujá, desenvolvida no Núcleo de Estudos em Sistemas Coloidais (Nuesc) no Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP). 

O estudo sobre a “Extração do óleo da semente de maracujá empregando fluidos pressurizados e sua caracterização físico-química” é orientado pelo professor-doutor Elton Franceschi, dos programas de Pós-Graduação em Biotecnologia Industrial (PBI) e Engenharia de Processos (PEP) e tem a participação do pesquisador Fagne Alves dos Santos, egresso do curso de Farmácia e doutorando do PBI. Vitália também atuou na pesquisa com uma bolsa de iniciação científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Pibic/CNPq). 

De acordo com Vitália, o objetivo da pesquisa é a extração do óleo da semente de maracujá, que é um subproduto do processamento deste fruto, utilizando gases pressurizados como solventes e a sua caracterização físico-química. “Durante a execução do projeto eu pude desenvolver e aprimorar várias habilidades, pude aprender na prática muitos conceitos e análises químicas vistos em sala de aula na graduação. O principal objetivo desta linha de pesquisa é obter óleos e extratos vegetais sem resíduos de solventes e concentrados em bioativos que possuem atividade biológica”, explica ela. 

Parte dos resultados desse estudo foi apresentada em novembro de 2023, na Semana de Pesquisa e Extensão da Unit (Sempesq 2023). Algumas caracterizações complementares estão em andamento e a expectativa é de que todos os resultados sejam publicados brevemente, em artigos científicos de publicações especializadas. 

Para a estudante de Farmácia, a pesquisa traz um impacto positivo para a sociedade, “uma vez que agrega valor a um subproduto da indústria do processamento de maracujá, através da obtenção de princípios ativos com alta atividade biológica que podem ser empregados no desenvolvimento de fitoterápicos, alimentos funcionais e cosméticos naturais, que podem ser utilizados pela sociedade de maneira geral promovendo a saúde e o bem estar das pessoas”.

Outros projetos

A experiência levou-a a participar de outro projeto de iniciação científica, também orientado pelo professor Franceschi, que emprega a mesma tecnologia de extração e busca obter compostos bioativos da película de café, um subproduto do processo de torrefação do café, e sua aplicação na formulação de um cosmético natural. “Esse tema foi interessante para mim pois achei interessante o método de extração por fluidos pressurizados e pela possibilidade de utilizar esse óleo para aplicação cosmética”, afirma Vitália. 

Prestes a concluir a graduação em Farmácia, Vitália pretende continuar na carreira acadêmica, fazendo o mestrado e o doutorado para atuar como professora universitária. Ela conta que a iniciação científica lhe deu a possibilidade de se aprofundar em uma de suas áreas preferidas: a tecnologia farmacêutica. 

“Estar em um projeto de iniciação científica é uma experiência de crescimento intelectual, sobretudo uma experiência individual. Através dela, pude aperfeiçoar minhas competências, como a comunicação, escrita e o raciocínio na resolução de problemas. Além disso, pude conhecer mais desse mundo científico, conhecer mestres e doutores e vivenciar a experiência de ser uma pesquisadora. Com certeza, a iniciação científica é um diferencial no currículo, e sair da universidade com essa vantagem é um privilégio”, comemora. 

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