Palestra sobre anencefalia reuniu dezenas de acadêmicos de Medicina
Discutir estratégias possíveis na prevenção dos casos de anencefalia e outros defeitos do tubo neural foi um dos focos da palestra ‘Anencefalia e Espinha Bífida, o antes e o depois, o que fazer?’. A conferência foi ministrada pelo presidente da Comissão Especializada em Perinatologia da Febrasgo e professor adjunto do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da UFPB, Dr. Eduardo Sérgio Valério Borges da Fonseca, nesta segunda-feira, 13 de maio, para dezenas de alunos do curso de Medicina da Universidade Tiradentes.
A ação faz parte da Campanha Nacional da Prevenção de Anencefalia e Espinha Bífida, organizada pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia – Febrasgo –, realizada em todo o País em parceria com as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde. Em Sergipe, o trabalho está sendo desenvolvido junto às coordenações da Rede de Atenção Primária; Programa Saúde da Criança do Adolescente e do Jovem; e Programa Saúde da Mulher.
Segundo o Dr. Eduardo Sérgio Valério Borges da Fonseca, o intuito é esclarecer entre a população e chamar a atenção dos órgãos públicos sobre a importância da prevenção dos casos de anencefalia.
“Queremos esclarecer sobre prevenção do defeito do tubo neural, conhecido como anencefalia, e que esta é uma das principais malformações brasileiras. Então estamos fazendo esta campanha para atingir todos os segmentos da sociedade, além de provocar os órgãos municipais, estaduais e federais na realização de campanhas para a população em Unidades Básicas de Saúde e nos Programas de Saúde da Família”, explica o Dr. Eduardo Fonseca.
Com evento, Dr. Eduardo Fonseca quer chamar atenção de órgãos públicos e sociedade
A Anencefalia é a ausência do encéfalo e da caixa craniana do feto e pode ser descoberta entre as 16ª e a 26ª semanas de gestação, durante o pré-natal. Segundo o coordenador adjunto do curso de Medicina, José Arnaldo – em Sergipe – cerca de 2,8% da população são malformados. “A cada mil pessoas em Sergipe, em média três são malformados. Os alunos precisam estar cientes dessas informações para desenvolver melhor seu trabalho como futuros profissionais e saber qual conduta ter diante desses casos”, acrescenta o professor que já desenvolveu trabalho na área acompanhando recém-nascidos da clínica Santa Helena.
O especialista estará ministrando a palestra também na noite de hoje, 13, no auditório da Reitoria com a participação de representantes da Secretaria Estadual da Saúde.