Mais do que transmitir conteúdo teórico, a universidade tem como missão formar cidadãos críticos, comprometidos com a sociedade e preparados para os desafios da vida profissional e pessoal. É nesse contexto que o Centro Acadêmico (CA) do curso de Direito da Universidade Tiradentes (Unit), campus Estância (SE), tem se destacado com a implementação de práticas que ultrapassam a sala de aula. Por meio de ações voltadas à integração, participação ativa e desenvolvimento de habilidades socioemocionais, o CA fortalece o vínculo entre estudantes, corpo docente e a comunidade, promovendo uma formação mais humanizada e plural.
Desde a posse oficial da nova gestão, realizada em 28 de março de 2025, o Centro Acadêmico União para Crescer (UNIPAC) vem desenvolvendo uma série de iniciativas em prol dos cerca de 324 alunos do curso. Com 32 integrantes, todos regularmente matriculados, o grupo tem promovido gincanas, projetos de extensão, palestras e está atento às demandas que surgem ao longo do semestre.
Para a coordenadora operacional do curso de Direito dos campi Estância e Propriá, professora Kátia Ferreira, as ações realizadas pelo UNIPAC têm sido fundamentais para a promoção do engajamento estudantil. “O Centro Acadêmico tem atuado de forma comprometida e propositiva, promovendo uma série de atividades voltadas tanto ao acolhimento dos estudantes quanto ao fortalecimento do vínculo dos discentes com o curso e com a instituição”, destaca.
Ações integradoras
Um dos primeiros passos dados neste semestre foi o acolhimento dos calouros do 1º período, que contou com dinâmicas de integração e um tour jurídico pelos espaços fundamentais do curso, como a sala de audiência, o Núcleo de Práticas Jurídicas e a biblioteca. Ainda nas primeiras semanas, a realização do júri simulado ofereceu aos novos alunos uma vivência prática que incentivou o protagonismo discente desde o início da trajetória universitária.
Outro exemplo do protagonismo estudantil foi a Aula Inaugural deste semestre, com o tema “Cibercrimes e Segurança Digital: Inteligência Artificial e os Novos Desafios no Combate à Criminalidade Cibernética”. “O assunto, escolhido em diálogo com os próprios estudantes do CA, evidencia como o grupo tem atuado como elo entre os discentes e a coordenação do curso, trazendo para o debate temas relevantes e contemporâneos”, reforça a professora Kátia.
Além de fortalecer o ambiente acadêmico, o UNIPAC também promove a união entre os cursos e o resgate da cultura local. A participação na GincaJunit, gincana tradicional do campus Estância, exemplifica essa proposta, ao reunir estudantes em torno de atividades culturais e lúdicas inspiradas nas tradições sergipanas. “Essa gincana tem papel fundamental na extensão universitária, ao promover a interação entre estudantes, professores, comunidade externa e os diversos cursos da Unit, contribuindo para a valorização da identidade regional”, complementa Kátia.
Representatividade e impacto
Pensando em ampliar ainda mais esse impacto, o Centro Acadêmico já se prepara para grandes eventos que ocorrerão no semestre 2025.2, como o Congresso UNIPAC e o Simpósio UNIPAC. De acordo com o estudante Giovanni Henrique Oliveira Farias, do 3º período de Direito, o grupo está buscando construir uma programação que combine conteúdo de qualidade com uma abordagem dinâmica. “Nossa preocupação está em realizar um evento que apresenta uma gama vasta de conteúdos de interesse dos alunos, mas de maneira leve e participativa. Estamos estudando premiar os participantes e trazer dinâmicas interativas sobre os temas”, explica.
Segundo Giovanni, o Simpósio deve dar ênfase a assuntos atuais que estimulem a pesquisa e a reflexão crítica. Já o Congresso, que também tem caráter beneficente para a turma do 9º período, será construído com apoio do CA, prezando pela diversidade temática e pela articulação com a realidade jurídica. “Acreditamos que esses eventos são importantes para despertar o interesse pela Iniciação Científica e pela pesquisa acadêmica. Eles contribuem para a formação de um aluno mais crítico, informado e preparado para transformar a sociedade”, reforça.
O planejamento participativo tem sido um diferencial. Embora os eventos ainda estejam em fase de elaboração, a expectativa já movimenta os corredores do campus. “Pretendemos fazer pesquisas com os alunos para saber o que eles gostariam de ver nos eventos. A escuta ativa dos colegas é fundamental para que tudo seja construído com base nos interesses reais dos estudantes”, pontua Giovanni.
Sentimento de pertencimento
O estudante Jhony Rayan Lima Batista do 6º período de Direito conta que foi motivado a participar dessas ações pelo desejo de contribuir ativamente com a melhoria da experiência acadêmica dos estudantes de Direito, criando um ambiente mais participativo, acolhedor e representativo. “Acreditamos que o Centro Acadêmico é um espaço essencial para a escuta ativa e para a defesa dos interesses dos alunos. Ele tem um papel fundamental como elo entre os estudantes, os professores e a coordenação do curso. Ele representa os interesses dos alunos, promove atividades extracurriculares que enriquecem a formação acadêmica e pessoal, além de estimular o engajamento político, social e cultural dentro da universidade”, aponta Jhony
Para os colegas que ainda não se envolveram nas atividades do curso, Giovanni convida a participarem. “Estamos preparando grandes eventos que prometem ser experiências enriquecedoras e únicas. Observem o trabalho crescente do Centro Acadêmico e suas contribuições para o curso é um ótimo exemplo do que podemos alcançar juntos. A participação nas atividades do curso é uma oportunidade valiosa para o crescimento acadêmico e profissional, além de ser um excelente complemento para o currículo. Garanto que aqueles que decidirem se envolver não vão se arrepender”, observa.
Planos futuros
A coordenadora Kátia destaca que o semestre ainda reserva outras propostas, como o Simpósio Interligas, que reunirá diferentes ligas acadêmicas do curso, e a continuidade de projetos de extensão voltados à comunidade. “Estamos desenvolvendo ações culturais e educativas que estreitam os laços entre a universidade e a população local. Essa é uma das formas mais diretas de concretizar o papel social do curso de Direito”, afirma.
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