Uma pesquisa realizada pelo Programa Municipal de Combate ao Aedes, da Secretaria Municipal de Saúde-SMS de Aracaju, indicou um dado preocupante quanto ao risco de infestação das doenças transmitidas pelo mosquito. O Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti, LIRAa, apontou um índice de médio risco para o município.
De acordo com o levantamento, entre janeiro e junho de 2021, foram notificados 113 casos de dengue, com 34 confirmados. Já em relação à Chikungunya foram 240 casos notificados, com 155 confirmados e de Zika foram 15 casos notificado, com sete confirmações.
“O controle do vetor não tem sido muito efetivo no nosso país e, em Aracaju, não é muito diferente. O reflexo disso são os constantes surtos de arboviroses como Dengue e Chikungunya”, declara o infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Tiradentes, Matheus Todt.
“Com o início da pandemia, as medidas de controle do Aedes ficaram ainda mais negligenciadas o que, muito provavelmente, resultará em um aumento expressivo de casos de arboviroses nos próximos anos”, acrescenta.
Para o médico, o controle de vetores é responsabilidade das autoridades e da sociedade. “Se um deles falhar, esse controle será precário. A população deve sempre estar atenta quanto aos reservatórios de água em suas casas e bairros. São nesses locais que o mosquito se reproduz, podendo contaminar várias pessoas na região”, destaca.
“É importante enfatizar que controle da proliferação do mosquito é uma responsabilidade também da população. Se não houver conscientização e participação da comunidade, não haverá controle”, enfatiza.
Para o professor da Unit, é importante salientar os cuidados e a prevenção para as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. “Vivemos em um período muito particular com a pandemia da Covid-19. Porém, não podemos esquecer de doenças como a Dengue, Chikungunya e Zika, que também podem causar muitas sequelas e até ser fatais”, observa.
“Temos que lembrar sempre da necessidade de evitar água parada para que o vetor dessas doenças, o mosquito Aedes aegypti, não se reproduza”, finaliza.
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