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Como a menstruação afeta o exercício físico: o que as mulheres precisam saber

Entenda as mudanças hormonais durante o ciclo menstrual e descubra como adaptar os treinos para melhorar o bem-estar e a performance física.

às 20h19
Thaysa Nery Chagas- Profissional de Educação Física e professora da Universidade Tiradentes (Acervo pessoal)
Thaysa Nery Chagas- Profissional de Educação Física e professora da Universidade Tiradentes (Acervo pessoal)
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A relação entre o ciclo menstrual e a prática de exercícios físicos tem sido um tema de crescente interesse e importância para mulheres que buscam manter uma rotina saudável. Com a variação hormonal ao longo do mês, muitas se perguntam se devem ajustar seus treinos durante a menstruação ou mesmo considerar descansar. 

A profissional de Educação Física e professora da Universidade Tiradentes (Unit), Thaysa Nery Chagas, conta que é importante entender o ciclo menstrual feminino, que dura em média 28 dias, mas pode variar entre 25 e 35 dias. “Durante esse ciclo, ocorrem mudanças hormonais significativas, principalmente envolvendo os hormônios LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo-estimulante). Esses hormônios desencadeiam respostas nos ovários, estimulando a produção de progesterona e estrogênio, que desempenham papéis cruciais em diferentes fases do ciclo menstrual”, elenca.

O ciclo menstrual pode ser dividido em diferentes fases, cada uma com suas particularidades. Na fase folicular, por exemplo, o corpo se prepara para a ovulação, e o aumento do estrogênio costuma melhorar o rendimento nos treinos. “É nesse período que as mulheres geralmente se sentem mais dispostas e têm melhor performance. Contudo, após a ovulação, se não houver fecundação, o corpo entra na fase lútea, com um aumento da progesterona, o que pode levar aos sintomas da tensão pré-menstrual (TPM), como irritabilidade e compulsão por doces”, aponta Thaysa. 

Benefícios do exercício e cuidados

Durante a menstruação, muitas mulheres podem sentir desconforto e indisposição, especialmente devido às cólicas menstruais. No entanto, Thaysa enfatiza que o exercício físico pode ser um grande aliado. “O aumento das contrações musculares durante o exercício pode estimular as contrações uterinas, facilitando a eliminação do endométrio e diminuindo as cólicas. Além disso, a prática regular de exercícios libera endorfinas, hormônios que promovem o bem-estar e ajudam a aliviar os sintomas da TPM”, explica. 

A adaptação dos treinos durante o ciclo menstrual pode ser fundamental para otimizar o desempenho e evitar lesões. Algumas das estratégias são:

  • Ouvir o corpo: Respeitar os limites e ajustar a intensidade dos exercícios de acordo com o que o corpo está sinalizando é essencial.
  • Priorizar atividades leves: Durante os dias de maior desconforto, optar por atividades como yoga, pilates ou caminhadas leves pode ser uma boa opção.
  • Manter uma alimentação equilibrada: Uma dieta rica em nutrientes e com baixo teor de alimentos processados contribui para a manutenção da energia e disposição durante o ciclo menstrual.
  • Hidratação: Beber bastante água ao longo do dia é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de maior perda de líquidos.
  • Consultar um profissional: Um profissional de educação física pode elaborar um plano de treinamento personalizado, levando em consideração as particularidades de cada mulher e as diferentes fases do ciclo menstrual.

Entender as mudanças hormonais do ciclo menstrual e como elas afetam o corpo é crucial para mulheres que desejam manter uma rotina de exercícios eficaz e saudável. “Ao adaptar os treinos de acordo com as fases do ciclo e investir em uma alimentação adequada, é possível não apenas melhorar a performance física, mas também reduzir significativamente os sintomas desconfortáveis da menstruação. O exercício físico regular, aliado ao conhecimento do próprio corpo, pode ser uma poderosa ferramenta para o bem-estar durante todo o ciclo menstrual”, afirma Thaysa.

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