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Como funciona a Iniciação Científica no ensino médio?

Atualmente, há 16 alunos de cinco escolas da Rede Estadual de Ensino no programa de Iniciação Científica da Unit.

às 12h27
Doutora Adriana Karla de Lima
Doutora Adriana Karla de Lima
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Poucas pessoas sabem que é possível contribuir com a pesquisa científica ainda na escola. Através da Iniciação Científica no ensino médio, os estudantes têm a oportunidade de participar de projetos de pesquisa desenvolvidos em universidades. Normalmente, a IC é realizada por universitários, mas por meio de parcerias com escolas públicas, militares e institutos federais, são ofertadas bolsas para alunos do ensino médio.

A Universidade Tiradentes (Unit) dispõe do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq), no qual destina o Programa de Bolsas para o Ensino Médio (PROBEM/Unit), fomentado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“Esses estudantes estão entre o 9º (ensino fundamental) e o 2º ano do ensino médio, e executam tarefas simples vinculadas ao plano de atividades do projeto, fazendo conexão com alunos de graduação que também fazem parte do projeto. Não são todos os projetos que têm alunos do ensino médio, é uma adesão que o professor orientador faz, podendo incluir um aluno”, explica a coordenadora de pesquisa, Dra. Adriana Karla de Lima.

Atualmente, há 16 alunos de cinco escolas da Rede Estadual de Ensino no programa de IC da Unit. Em média, são quatro alunos por projeto. “Algumas atividades eles podem fazer na própria escola em que estudam, no horário de aula, e têm situações em que eles vêm para a universidade participar de experimentos, fazer pesquisa, usar a biblioteca. Todo o campus está acessível a eles”, esclarece.

Além da participação dos estudantes do ensino médio, a parceria da Unit com as escolas também prevê a inserção de um professor responsável por acompanhar as atividades da IC e fazer a intermediação entre o aluno e o orientador do projeto. Ao final do projeto, o professor da escola recebe um certificado de participação com horas complementares.

Para Adriana Karla, o programa de IC no ensino médio é essencial. “A gente transpõe os muros da universidade, procurando os jovens talentos que ainda nem entraram na universidade e muitas vezes se interessam a fazer ensino superior mediante essa oportunidade. Dar essa oportunidade de estarem em contato com projetos de pesquisas dentro de instituições de ensino superior é de fato fomentar o futuro da pesquisa brasileira”, afirma.

Os nossos alunos já estão aqui fazendo iniciação, mas tem outros que precisam entrar e que tenham esse talento, essa vontade de manter a pesquisa viva. É um círculo virtuoso, acho que a palavra é essa. É fazer com que a grande roda da pesquisa gire, que novos alunos possam entrar porque é a ciência que mantém tudo funcionando”, ressalta.

 

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