Por Raquel Passos e Cecília Oliveira
A quarentena proporcionou uma nova rotina alimentar para muita gente que deixava a correria da rotina como prioridade e fazia com que as refeições ficassem em segundo plano. Antes da pandemia causada pelo novo coronavírus, uma ida rapidinha ao restaurante self-service ao lado do trabalho ou até mesmo um fast-food já resolviam a refeição. Porém, com o isolamento social, veio o home office (ou teletrabalho) e com ele, uma nova perspectiva na hora de cozinhar até para quem sequer preparava uma simples refeição.
Hoje, receitas triviais como fazer arroz, feijão e bolo de cenoura são as mais buscadas no Google. Com isso, há a preocupação de como esse novo hábito afetará a economia doméstica.
O economista e professor de Administração da Universidade Tiradentes, Josenito Oliveira, acredita que não é preciso temer, já que ainda é mais barato cozinhar sua própria refeição do que comprar em restaurantes. O ponto negativo é o gás e a energia elétrica que acabam sendo mais utilizadas que o habitual, por isso, o consumidor poderá perceber aumento no boleto no fim do mês.
“O custo vai compensando o outro. Você economiza com o combustível para ir até o trabalho e até estacionar no restaurante, mas acaba gastando mais com a energia elétrica e com o gás de cozinha. No final das contas, há economia, porque está comprovado que cozinhar em casa é mais barato que fazer todas as refeições fora ou pedir comida via delivery com frequência”, explica o professor Josenito Oliveira.
Uma das dicas que ele dá para tentar diminuir o consumo de energia elétrica doméstica nesse período de isolamento social é aproveitar a luz natural o máximo possível. “Mas nesse tempo em casa, você pode procurar ficar nos cômodos mais claros e frescos, para evitar o uso de aparelhos elétricos como ventilador, ar-condicionado e luz”, conta o economista.
Cozinhar na quarentena
Desde que o mundo parou diante da pandemia do novo coronavírus e o isolamento social foi estabelecido no mês de março, muita gente está se (re)descobrindo na cozinha. E quem aprendeu a preparar receitas básicas nesse período, conheceu o modo de preparo que as receitas fornecem, mas não as técnicas, métodos e a harmonização para a preparação de pratos.
Mas a coordenadora do curso de Gastronomia da Unit, professora Isabelle Brito, acredita que a culinária é uma questão de prática. “E somente no curso de Gastronomia é possível compreender a fundo as técnicas e métodos – o porquê de uma fermentação; os principais cortes em determinadas proteínas, a exemplo da carne bovina; e qual a melhor parte para assar ou fazê-la cozida, por exemplo. Esse entendimento amplia os nossos horizontes”, explica a coordenadora do curso da Unit..
“Durante esse período é interessante que o consumidor busque produtos locais, valorizando ainda mais a produção regional. Isso fomenta nossa economia”, sugere Isabelle Brito. “O curso de Gastronomia ajuda a desenvolver seus dotes na cozinha e no empreendedorismo”, finaliza.