Já dizia o ditado: “cozinhar é um modo de amar os outros”. E a comida traz a sensação de conforto que as pessoas buscam. Nesse sentido, a culinária afetiva conquista cada vez mais adeptos por resgatar boas memórias através da gastronomia. É experimentar um prato e imediatamente associar aquele sabor a uma lembrança gostosa da vida.
Conhecida também como “comfort food”, a comida afetiva pode ser uma lembrança de uma receita de molho que a avó costuma fazer, uma sobremesa que remete um momento marcante na adolescência, uma comida servida no primeiro jantar romântico que você teve com alguém que ama. As memórias afetivas com a comida trazem a sensação de conforto e familiaridade.
É a partir desse conceito que os gastrônomos procuram unir técnicas da culinária, emoção e suas referências para reproduzir comida caseira, com temperos simples. Com um toque de originalidade à decoração do estabelecimento pode contribuir para o sentimento de nostalgia, que resgata nos clientes a mesma emoção das refeições da infância.
Muitos restaurantes levam prazer ao cliente simulando o clima de almoço de família. Nas grandes cidades, a culinária nostálgica tem um forte apelo, especialmente para quem vem de cidades do interior e sente saudade da comida “de casa”. Para muitos, é uma oportunidade de abstrair a rotina corrida, sentar em um bom restaurante e aproveitar uma refeição calorosa, carregada de afeto.
O sucesso dessa estratégia não é de recriar um prato especial, mas trazer o conforto que as pessoas não encontram no almoço do dia a dia. É preciso ter repertório e vivência para gerar esse sentimento de pertencimento nas pessoas. Levar conceitos da cozinha afetiva é uma tarefa que exige atenção aos detalhes. As receitas, o tempero, a decoração, o atendimento contribuem para uma experiência prazerosa para o cliente.
Com informações do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac)
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