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Detecção precoce do Autismo

Tema foi debatido durante Semana de Extensão e atraiu a atenção de estudantes

às 18h00
Durante toda a 10ª Semana de Extensão – Semex – da Universidade Tiradentes diversos temas relevantes tiveram destaque no evento. Em cinco dias, os mais de 5.000 estudantes inscritos de todas as áreas participaram de mais de 150 palestras e 200 minicursos. Com uma temática, atualmente bastante discutida, a detecção precoce do autismo foi um dos assuntos abordados.
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A psicóloga, especializada em Psicopatologia do bebê e Mestre em Psicanálise e Medicina, Camilla Carmelo, atua em clínica participar com crianças, adolescentes e adultos na Bahia e foi a profissional convidada para debater o tema. A palestra foi realizada no Bloco D, do Campus Aracaju Farolândia da Unit.

A especialista explica que o autismo é caracterizado por um transtorno global do desenvolvimento cerebral, o que provoca consequências no comportamento social das crianças. “Eles possuem dificuldades de interagir socialmente, estar um com o outro. Na maioria, apresentam problemas de linguagem. Além disso, apresentam comportamentos e interesses restritos, com dificuldade de abranger esta preferência. É um mundo particular”, declara Camilla.

Segundo a psicóloga, a criança já nasce com a pré-disposição e, de acordo com a última classificação das doenças, coloca o autismo como transtorno para o espectro autista por causa dos graus de desenvolvimento, do leve ao avançado. “Acredita-se que, hoje, 70% da causa é genética e 30% fator ambiental. Há um momento, causado por algo externo, que afetará a criança. Uma separação, saída de uma babá, algo do ambiente que pode ser o início desse processo, porém, a criança já nasceu com a pré-disposição”, afirma.

Para Camilla, a incidência teve um aumento considerável chamando a atenção para o diagnóstico correto. “O número que já foi de 4 para cada 1000 crianças, já passou de 1 para 150 e, atualmente, está em torno de 1 em cada 68 crianças”, ressalta.

A troca visual entre mãe e bebê na hora da amamentação, a questão auditiva de chamar a criança pelo nome e ela não atender, dificuldade de aceitação de alimentos na via oral e crianças que choram muito ou extremamente caladas são alguns sinais que devem chamar atenção dos pais para a doença.

“A criança que é tratada muito cedo aumenta a possibilidade dos sinais do autismo até desaparecerem. O ideal é que os pais fiquem atentos a qualquer sinal para iniciar o tratamento antes dos três anos de idade. Com isso, o profissional irá estimular o paciente na questão da empatia social, comunicação e linguagem e o comportamento e interesse restrito, minimizando esses sintomas”, alerta a psicóloga.

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