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Dupla titulação: entenda como funciona e como contribui para alavancar a sua carreira profissional


às 14h41
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Com certeza você já ouviu falar em intercâmbio e mobilidade acadêmica. Mas já imaginou vivenciar culturas diferentes, ter um currículo mais valorizado e ainda conquistar dois diplomas ao mesmo tempo? A dupla titulação oferece muitas oportunidades aos estudantes e contribui para o amadurecimento pessoal e profissional. 

As diferenças entre o intercâmbio, mobilidade acadêmica e dupla titulação giram em torno do objetivo do estudante. No intercâmbio, geralmente, os alunos passam um período fora para estudar o idioma. Já na mobilidade acadêmica, o acadêmico estuda um semestre ou mais em uma universidade fora do país de origem, mas retorna e obtém seu diploma do curso da universidade local. Em se tratando de dupla titulação, os estudos entre as duas universidades resultam na obtenção de dois diplomas, reconhecidos tanto em âmbito nacional, do país de origem, quanto no exterior.  

Na graduação ou na pós-graduação, a dupla titulação pode alavancar a carreira profissional como um grande diferencial. A modalidade acontece por meio de acordos de parcerias institucionais, e as universidades têm investido cada vez mais em convênios que expandam as possibilidades de internacionalização. Para o mercado de trabalho, que exige cada vez mais profissionais atualizados e qualificados, a dupla certificação também pode ser um diferencial, elevando chances de promoção e de aumento de salário.   

Casos como os de Géssica Santiago e Isabelle Gonzaga, estudantes de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos (PEP) da Universidade Tiradentes, que estão na Universidade de Castilla La-Macha, na Espanha, onde realizam suas pesquisas em um dos mais importantes centros quanto ao tratamento de efluentes. Elas passarão um ano no país. Assim, após a finalização do doutorado, Géssica e Isabelle terão seus diplomas reconhecidos com dupla titularidade. Ambas possuem bolsas disponibilizadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e são orientadas pelos professores Giancarlo Richard S. Banda e Katlin Ivon Barrios Eguiluz, com cotutela dos docentes Manuel Rodrigo e Cristina Saéz. 

“A partir do convênio firmado, os estudantes da Unit vão para a Espanha fazer parte da pesquisa do doutorado e, quando retornarem, terminam de fazer aqui e realizam a defesa para obtenção do título”, explica o pesquisador e professor do PEP da Unit Dr. Giancarlo Richard S. Banda. O convênio firmado entre as duas instituições de ensino é gratuito. 

“Para a instituição de ensino é muito importante do ponto de vista de internacionalização. A Universidade Tiradentes tem apostado cada vez mais neste processo e investido em projetos de parcerias que recebam nossos alunos, trazendo também para cá oportunidades de receber estudantes”, acrescenta o pesquisador.

Vivência cultural 

As doutorandas já possuem experiências de morar fora, da época da graduação. Géssica é egressa do curso de Engenharia Ambiental da Unit, participou do programa Ciências Sem Fronteiras e fez a mobilidade acadêmica no Canadá. Já Isabelle é egressa de Engenharia de Petróleo da Unit e foi para Barcelona, pelo mesmo programa.

“É uma chancela que é dada pela qualidade do trabalho exercido pela instituição de ensino. Consolida a atuação, porque mostra inclusive a qualidade na formação dos nossos egressos”, enfatiza a professora Dra. Eliane Bezerra Cavalcanti, coordenadora do PEP. 

Todo o processo exige bastante dedicação. Géssica e Isabelle mudaram suas rotinas em busca de uma nova bagagem cultural, aquisição de novas experiências e habilidades e realização de parte do doutorado no exterior.

“É uma oportunidade de expandir nossa pesquisa para o mundo e aplicar o que temos feito no Brasil com os sistemas espanhóis com renomados profissionais. Ter esta parceria traz para nós um grande destaque. Culturalmente, sei também que é um crescimento muito grande, há o convívio com outras pessoas e também o aprendizado constante do idioma”, comenta Géssica. A doutoranda já colhe frutos do trabalho e foi vencedora do prêmio de melhor pôster da área de Engenharias com a pesquisa desenvolvida. 

A tese de doutoramento da engenheira ambiental Géssica Santiago tem como objetivo o desenvolvimento de materiais eletródicos a baixo custo e com propriedades aperfeiçoadas mediante o uso de laser de CO2 a serem aplicados na degradação de compostos altamente tóxicos e não biodegradáveis. Já na de Isabelle serão desenvolvidos eletrodos preparados com método de aquecimento não convencional, diferente dos tratamentos térmicos já utilizados, constituindo, assim, um diferencial para a pesquisa.

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