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E-commerce ganha força e segmentos precisaram se reinventar durante pandemia

O comportamento do consumidor também mudou neste período e fez a busca por compras on-line alavancarem.

às 15h30
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A pandemia do novo coronavírus proporcionou uma grande reinvenção em diversos setores. Com o distanciamento social e a suspensão de atividades de forma presencial, as empresas precisaram rapidamente enfrentar um grande desafio e procurar soluções para permanecer no mercado. Muitos segmentos apostaram na transformação digital, e as vendas pela internet foi a saída para alavancar o negócio e conquistar novos clientes.

Para se ter uma ideia, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico — ABComm — já apontava um crescimento de vendas on-line para 2020. A estimativa era de crescimento de 18% em relação ano anterior. Mas uma pesquisa recente divulgada pela mesma associação já apontava um aumento de 40% no número de vendas       on-line, desde o início da pandemia. 

“Os consumidores estão entusiasmados com essa possibilidade de fazer as compras on-line, e, ao mesmo tempo, as empresas estão investindo para oferecer opções e preços competitivos. O setor varejista nunca esteve tão dinâmico. As pessoas têm entendido que a situação do momento atual não é apenas algo confortável, mas também necessário, declara o coordenador do curso de Administração da Universidade Tiradentes, José Walter Filho.

“O impacto é muito claro. O comerciante que não aderir a uma transformação digital do seu negócio vai sofrer intensamente com o crescimento do e-commerce, que está sendo motivado pela pandemia. E, mesmo com a retomada gradual da abertura do comércio, as vendas continuarão sendo feitas pela internet com maior intensidade. Se a empresa não perceber que há uma necessidade de ampliar o seu segmento para mais esta alternativa, ela perderá espaço, e quem a oportunizar terá uma vantagem competitiva”, acrescenta. 

Um outro fator observado pelos especialistas é que o comportamento do consumidor também mudou. Para a socióloga Daniela Moura, professora da Universidade Tiradentes, os impactos da pandemia do novo coronavírus não se restringe ao campo da saúde. “Os analistas têm voltado às suas preocupações para os impactos econômicos e sociais que a pandemia global traz e também para as formas de superá-las. Ouvimos falar bastante sobre a criatividade nas vendas e sobre a necessidade de reinvenção das empresas e, até mesmo alguns exemplos dessa reinvenção, um sinal de esperança para demais. Observamos o uso das plataformas eletrônicas como uma forma de lidar com o distanciamento social diante da pandemia”, salienta. 

“Nos anos 90, estudiosos já apontavam alguns caminhos que a comunicação mediada por computadores levaria a sociedade a uma comunicação mais geral, se expandiria no mundo educacional, desempenharia um papel progressivamente importante na formação da cultura e proporcionaria o surgimento das chamadas comunidades virtuais com operações comerciais cada vez mais comuns necessárias. Nesse momento, em especial, nós observamos bem esse cenário, uma relação cada vez mais estreita entre a rede e o ser humano”, frisa. 

“Para além da reestruturação da economia, nós estamos diante de uma transformação que é cultural, que envolve os novos hábitos de consumo, as novas formas de perceber os produtos, a nova relação entre cliente e empresas”, finaliza. 

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