Sediado nesse último fim de semana no Campus Farolândia, o 15º Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia (Ecotox) trouxe à tona reflexões e debates sobre assuntos que são considerados imprescindíveis e que requerem mudanças imediatas.
“É um evento importante, porque fala de toda agressão pela qual o planeta vem passando”, salienta Deborah Catalani, umas das responsáveis pela organização do evento. Ela faz um alerta sobre a necessidade de repensarmos o quanto antes a nossa forma de reutilização das coisas e de salvaguardar a terra que produz o nosso alimento.
Ao falar sobre o uso das células de linhas celulares para determinar a concentração de grupos de substâncias no meio ambiente, o pesquisador e cientista espanhol José Maria Navas Antônio explicou como é mensurada a concentração de substâncias que pode haver numa amostra quando é detectado um problema ambiental.
“Na realidade, há muitas substâncias que as análises clínicas não detectam como, por exemplo, efeitos antagônicos, sinérgicos e aditivos”, salienta o cientista do Instituto Universal de Tecnologia Agrária e Alimentar de Madrid. José Maria Navas explica que utiliza em suas pesquisas técnicas específicas para observar o efeito global do grupo de substâncias existentes numa única amostra ambiental.
Docente da USP de São Carlos e tesoureira da Sociedade de Ecotoxicologia, a professora Clarisse Maria Risco de Bota considera a importância do fórum de discussão para a academia em razão da busca permanente dos pesquisadores pela inovação. “A interação entre profissionais das diferentes áreas dá, dentro da Ecotoxicologia, a oportunidade de ampliar a discussão”, opina a professora. Ela acrescenta que para a sociedade o Congresso é importante, porque acaba por conscientiza-la sobre a importância do cuidado com o ambiente a partir do controle de substâncias tóxicas.