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Encontro abre aulas da Pós-Graduação em Perícia Criminal e Ciências Forenses

Peritos criminais da SSP, que também são professores do curso, falaram sobre a integração do estado de Sergipe aos bancos nacionais de perfis Genéticos e Balísticos

às 16h25
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Um encontro realizado na noite desta quarta-feira, 17, marcou a abertura das aulas do curso de Pós-Graduação lato sensu em Perícia Criminal e Ciências Forenses, da Universidade Tiradentes (Unit). O evento, realizado no Anfiteatro do Bloco F do Campus Farolândia, abordou a integração da Perícia Criminal de Sergipe aos bancos nacionais de perfis balísticos e genéticos, e de que maneira isso impacta nas ações e processos de persecução penal, isto é, na apuração das investigações de um fato. 

Os palestrantes foram três peritos oficiais criminais da Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE), que também são professores do curso: Charles Vargas Lopes (coordenador do curso e professor de Local de Crime), Fabinara Dantas Freire (Balística Forense) e Kleber Willer Coutinho de Santana (Biologia e Genética Forense), que também é diretor do Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF). 

Eles falaram para um público formado por coordenadores de cursos (graduação, lato e stricto sensu), professores, alunos, autoridades policiais, juízes, delegados e outros interessados na temática referente a Perícia Criminal e Ciências Forenses. “O objetivo da palestra foi atrair um público multidisciplinar para assistir e discutir sobre uma temática pericial de suma importância para a garantia da justiça através da ciência. Foram abordadas duas trilhas forenses laboratoriais: balística e genética. Em ambas as áreas periciais forenses foram evidenciadas, principalmente, a importância dos bancos de perfis balísticos e genéticos para as investigações criminais e elucidação de crimes”, explica Charles.

A Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) e o Banco Nacional de Perfis Balísticos foram criados pelo governo federal nos anos de 2013 e 2021, respectivamente, com o objetivo de reunir e integrar as informações e materiais sobre perfis genéticos de pessoas envolvidas em casos violentos e de abuso sexual, sejam como vítimas ou como suspeitos, bem como e características definidoras de projéteis e de estojos de munições de arma de fogo. 

Todos os estados brasileiros possuem seus órgãos e sistemas voltados para estas funções e atividades. Junto com a Polícia Federal, que tem um Instituto Nacional de Criminalística, eles formam as redes integradas de Bancos de Perfis Genéticos e de Perfis Balísticos, que também são integradas aos bancos de informações de outros 195 países, através da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal). Os dois bancos são administrados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). O estado de Sergipe concluiu seu processo de integração total ao Banco Nacional de Perfis Balísticos, desde o início de 2023. Já a integração com o de Perfis Genéticos está em fase final de conclusão. 

O objetivo dessa integração é colaborar com as autoridades policiais e judiciais para a elucidação de crimes e outros fatos. “Por exemplo: se aconteceu um crime em uma cidade e foi achado o projetil de uma arma desconhecida. O banco pode cruzar informações e até localizar a arma de onde partiu esse projetil, mesmo que esteja em outra cidade. O mesmo pode acontecer com amostras de DNA, quando, por exemplo, alguém comete vários crimes em série e vai deixando informações genéticas nos lugares por onde passa. Tudo isso vai alimentar esses bancos de dados, que podem auxiliar e agilizar essas investigações”, detalha Charles.  

“Esse é um caminho que levará a descoberta de crimes apoiado nas ciências forenses, que têm a função de viabilizar as investigações relativas à justiça civil e criminal, visando esclarecer as questões do sistema de segurança pública”, acrescenta a professora Patrícia Francisca de Matos Santos, coordenadora pedagógica da Pós-Graduação Lato Sensu

O curso

O curso de Pós-Graduação lato sensu em Perícia Criminal e Ciências Forenses tem o objetivo de abordar, de forma direcionada e multidisciplinar, temas aprofundados das diversas áreas das Ciências Forenses, tornando o aluno capaz de empregar o conhecimento técnico-científico em atividades periciais no âmbito criminal, seja nas atividades profissionais, em suas mais diversas áreas de atuação das Ciências Forenses, ou mesmo como docentes em instituições de ensino superior. 

Ele é aberto para profissionais de qualquer área do conhecimento, como biologia, medicina, química, física, engenharias, farmácia, economia, contabilidade, informática, direito, fisioterapia, entre outras. Confira outras informações neste site

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