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Estudante apresenta pré-projeto sobre inclusão tecnológica na Comunidade Xokó

Trabalho faz parte do Programa Laboratório Social, que conecta estudantes de Direito a universidades da Espanha para pesquisas sobre os direitos dos povos indígenas

às 19h33
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Localizada na Ilha de São Pedro, em Sergipe, a Comunidade Xokó é um dos últimos redutos dos povos indígenas na região, preservando não apenas sua cultura e tradições, mas também enfrentando desafios contemporâneos. É nesse cenário que se inserem as pesquisas do Programa Laboratório Social, uma iniciativa que une estudantes de Direito da Universidade Tiradentes (Unit) com as universidades de Valladolid e Deusto, na Espanha, com o objetivo de produzir Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) internacionais de excelência focados nos Direitos Humanos dos povos indígenas. 

Gabriel Vinicius Andrade Santos, estudante de Direito da Unit, é um dos quatro alunos selecionados para participar do Programa Laboratório Social. Para ele, a oportunidade de investigar questões locais com alcance global é motivadora. “Fiquei sabendo do programa através da coordenação de Direito. Minha motivação foi justamente a excelente proposta do programa, em destaque a pesquisa envolvendo os povos originários de Sergipe”, comenta ele.

Seu pré-projeto de TCC intitula-se “Observações sobre os desafios da inclusão tecnológica na educação formal indígena: uma análise com a comunidade Xokó, em Sergipe”. Ele busca analisar como a tecnologia é implementada na esfera educacional da comunidade indígena, principalmente após a pandemia de COVID-19. O interesse de Gabriel por essa área não é recente, ele sempre se interessou por tecnologia, especialmente no contexto educacional. A principal pergunta de pesquisa que guiará seu trabalho é: “Como a educação formal brasileira está trabalhando com as tecnologias digitais nas comunidades indígenas, como a Xokó, em Sergipe?”. 

Conhecendo a realidade Xokó 

Gabriel já conhecia a comunidade antes de participar do programa, o que facilita sua aproximação e compreensão dos contextos locais. Para ele, é fundamental incluir a realidade vivida pelos Xokó para que o estudo não apenas identifique obstáculos, mas também contribua para soluções práticas. “Evidenciar os desafios enfrentados e propor estratégias para solucionar os problemas encontrados é o objetivo central”, destaca. A apresentação do pré-projeto para a banca avaliadora foi bastante positiva. Gabriel conta que os avaliadores elogiaram a proposta e indicaram apenas uma pequena alteração para facilitar as entrevistas que serão feitas em campo.

O projeto está em sua fase inicial, com o primeiro capítulo já em elaboração e a coleta de materiais para embasar a pesquisa. No segundo semestre, os estudantes do Programa Laboratório Social realizarão uma visita à Comunidade Xokó para uma pesquisa em campo e, posteriormente, terão uma mobilidade acadêmica para a Espanha. “Serão 14 dias de muita troca de ideias com os universitários da Universidade de Valladolid. Inicialmente planejei participar do máximo de atividades proporcionadas pela universidade, além de explorar a cidade e algumas outras regiões”, explica.

O estudante está ansioso para essa experiência internacional em Valladolid, uma cidade que ele já admira pela riqueza cultural. A expectativa é que o contato com estudantes e professores estrangeiros fortaleça seus conhecimentos e contribua para sua formação profissional, ampliando sua visão sobre educação, tecnologia e direitos humanos. “Não tenho dúvidas de que será uma ótima experiência conviver um tempo com os espanhóis. Considero que será de extrema importância essa troca de conhecimentos para meu futuro profissional aqui no Brasil”, conclui Gabriel.

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