ESTUDE NA UNIT
MENU

Estudante de Fisioterapia pesquisa de compostos bioativos da Cannabis sativa

Alan Douglas Bezerra dos Santos, encontrou na Iniciação Científica a oportunidade de estudar o uso das plantas medicinais e o potencial antimicrobiano

às 19h33
Estudante do curso de Fisioterapia, Alan Douglas Bezerra dos Santos,
Estudante do curso de Fisioterapia, Alan Douglas Bezerra dos Santos,
Compartilhe:

O estudante do curso de Fisioterapia da Universidade Tiradentes (Unit), Alan Douglas Bezerra dos Santos, está desenvolvendo em sua Iniciação Científica (IC) uma pesquisa sobre a Prospecção Científica e Tecnológica do potencial antimicrobiano e Análise da Interação Neurológica e Toxicidade de compostos bioativos presentes na Cannabis sativa. 

De acordo com o estudante, o desejo de estudar sobre as plantas medicinais surgiu  porque o uso delas ainda não é muito acolhido pelos profissionais da saúde. “Esse projeto foi desenvolvido com base em uma análise que fiz na minha primeira Iniciação Científica sobre a Cannabis sativa e mais algumas espécies de plantas estudando seu potencial antimicrobiano. Visto os resultados positivos de um ano inteiro de pesquisa, foi possível observar que a maioria dos compostos bioativos da Cannabis sativa apresentaram facilidade de interagir com o sistema nervoso central. E foi assim que surgiu o interesse em dar continuidade com a análise toxicológica e farmacocinética de compostos da Cannabis sativa, tendo a possibilidade de elencar mais compostos para análise, além de observar mais a fundo a sua interação neurológica, para futuramente ter a formulação de possíveis fármacos”, comenta. 

Alan Douglas explica que esses estudos in silico é a partida de muitos fármacos que estão sendo desenvolvidos para o benefício da saúde humana. “Em comparação com os tempos atrás, o uso da Cannabis sativa está crescendo exponencialmente devido a vários benefícios descobertos por estudos in silico, como o meu. No estudo in silico, os dados coletados são resultados de análises feitas por software computacionais a fim de conhecer tal composto estudado, como se fosse um scanner”, destaca. 

No scanner, é possível observar algumas variáveis que se apresentam na absorção, distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade do composto. “Ou seja, se o composto em estudo é melhor absorvido, quando administrado em via oral, intravenoso ou utópica, se ele futuramente pode desenvolver algum tipo de carcinoma, ou até mesmo se ele pode interferir no sistema nervoso central, que a depender da proposta, pode ser benéfico ou não. Esses apanhados sobre os compostos são de extrema necessidade para a formulação futura de fármacos oriundos de efeitos benéficos. Especialmente nesse estudo, o que mais interessa é a análise do Blood Brainbarrier (BBB), utilizado para avaliar a permeabilidade da barreira hematoencefálica”, explica. 

O estudante afirma que pesquisar sobre a Cannabis sativa é de extrema importância para a formulação de fármacos. “Venho batendo na tecla, para formulação de fármacos com esses compostos, principalmente agora que foi sancionada o uso da Cannabis sativa para uso medicinal, estudar sobre essa planta é extremamente importante para o desenvolvimento e aprimoramento de mais fármacos, contribuindo para a saúde da população que faz ou fará uso”, frisa. 

Para ele, realizar essa pesquisa só tem sido possível graças ao incentivo da Universidade. “A Unit foi uma porta de entrada que me fez descobrir talentos e vontades que estavam apagados em mim, além de contribuir financeiramente com uma bolsa para realização da IC, sendo assim, destino na maioria das vezes a realização de cursos e congressos acerca do tema específico e em geral para enriquecer mais meu conhecimento”, declara. 

Após tantos estímulos, ele decidiu continuar sua linha de pesquisa. “Quando vi que ia realizar minha segunda IC na mesma área da primeira, meus olhos brilharam. Foi nela que me encontrei e consegui suceder profissionalmente. A minha jornada pela IC permitiu que eu fosse muito mais além do que me era oferecido em sala de aula, pesquisando e aprendendo sobre novos temas, temas esses que passavam despercebidos por mim até eu conhecê-los. Além de quebrar um receio que tinha de realizar apresentações por timidez. Hoje posso dizer com clareza que a IC me fez descobrir uma vontade enorme de lecionar e seguir no ramo de pesquisador”, completa. 

Atualmente ele está participando  de diversos projetos acadêmicos. “Em paralelo ao curso de Fisioterapia, estou cursando Educação Física em outra Instituição de Ensino, fazendo publicações de alguns artigos acadêmicos em revistas com Qualis A, além de participar de projetos de extensão e ligas como membro e parte da diretoria. Pretendo seguir carreira acadêmica, inclusive já estou me preparando para a realização do mestrado  em ciências da saúde após a conclusão do curso. Me sinto mais preparado depois que fiz a IC, e sinto que aprendo cada vez mais”, pontua. 

Leia mais: Estudante de Biomedicina pesquisa vacinas para doenças degenerativas

Estudante realiza pesquisa para tratar lesão medular

Compartilhe: