A expedição ocorre com periodicidade e é promovida por um grupo de biólogos e veterinários que acompanham pessoas apaixonadas pelo meio ambiente e preocupadas com a biodiversidade numa longa viagem que parte de Manaus até o encontro das águas dos rios Negro e Solimões.
Motivadas pelo espírito de aventura e pelo desejo de vivenciar a prática cotidiana de profissionais que trabalham com as Ciências Biológicas, as acadêmicas Maria Radassa Freire Andrade e Eduarda Bezerra Pereira embarcaram no início desse mês para uma expedição selvagem na Amazônia.
Tudo começou, segundo Eduarda, que está no 5º período, pela paixão que sempre teve em pesquisar o meio ambiente. Atenta às oportunidades e tiete de carteirinha do biólogo Richard Rasmussen, a quem segue pelas mídias sociais há bastante tempo, ela convidou a também estudante Radassa (concludente) para a aventura.
Depois de confirmada a participação por meio da produção do biólogo, as alunas da Unit embarcaram para Manaus, onde permaneceram durante cinco dias (três deles percorrendo o Rio Negro).
“A experiência é indescritível e ainda vivemos sob o efeito do fascínio que é conviver com as comunidades que margeiam o Rio Negro, por onde navegamos todo o seu curso, acompanhadas pelo renomado biólogo e por cerca de 30 outras pessoas”, lembra Eduarda.
“O biólogo se imagina na natureza, em contato com a biodiversidade. E poder vivenciar isso numa expedição que nos proporcionou navegar pelo Rio Negro, estabelecendo contato com comunidades e conhecendo de perto a forma como eles sabem preservar a natureza, é uma experiência surreal”, acrescenta Radassa.
Ela lembra que o conforto da cidade muitas vezes não proporciona ao biólogo a certeza que ele precisa ter para o exercício da profissão e que por meio de uma experiência como a que teve oportunidade de viver é conclusiva a decisão pelo caminho escolhido.
Empolgadas e decididas a novas aventuras, Eduarda e Radassa lembram que um dos momentos mais emocionantes ocorreu logo na primeira parada da expedição, oportunidade em que tiveram contato com uma comunidade indígena.
“A tribo dos Tuyukas é uma das poucas que ainda fala a língua indígena e com eles tivemos oportunidade de participar dos rituais, muitos saborearam as formigas tocandira e comiam larvas”, lembra Radassa. Para a acadêmica, uma das cenas que lhe deixou impactada foi o fato de um pequeno índio não saber como lidar com o celular. “Ele mexia no celular apreciando as costas do aparelho, e fiquei muito impressionada como ainda há lugares no planeta aonde a tecnologia é completamente desconhecida”, comenta.