Por Monyque Evelyn Santos e Raquel Passos
O papel dos farmacêuticos na fitoterapia e como as farmácias vivas podem impactar positivamente na saúde da população foi tema da palestra ministrada na última terça-feira, 14, na Universidade Tiradentes, pela farmacêutica especialista na área de fitoterapia da Universidade de Fortaleza, doutora Wellyda Rocha Aguiar Galvão.
Fitoterapia é o tratamento ou prevenção de doenças por meio de plantas medicinais que são utilizadas, hoje em dia, por grande parte dos cidadãos. Segundo a especialista, as pessoas confiam neste poder de cura, mas precisam entender que também causar consequências se forem utilizadas de forma incorreta.
“O papel do farmacêutico na Fitoterapia é fornecer a planta in natura para as pessoas e orientá-las sobre a forma correta de preparar esses tipos de medicamentos, além de ensinar as boas práticas para que elas possam valorizar e preservar a planta e seu processo”, destaca Wellyda Galvão.
Para ela, além de fornecer o medicamento e as informações básicas, o farmacêutico tem a missão de observar seu paciente por completo. “E precisa entender quais são suas necessidades e se após o consumo dos fitoterápicos a pessoa poderá ter reação. Quanto maior assistência, melhor”, acrescenta a especialista.
A estudante do 8º período do curso de Farmácia, Swany Pereira, acredita que esse projeto é de suma importância para sua formação. “Afinal, poderei colocar em prática tudo que foi aprendido em sala de aula e ainda poderei beneficiar a população. Isso é muito gratificante, será um diferencial para mim no mercado de trabalho”, acredita.
Núcleo de Fitoterapia
Na última terça-feira, 14, foi inaugurado o Núcleo de Fitoterápicos da Unit, um laboratório de plantas medicinais, também chamado de Farmácia Viva, que tem o objetivo de estimular a prática científica da fitoterapia.
Um espaço voltado para cultivo e colheita que permite ao aluno elaborar pesquisas, visto que todas as plantas do Horto da instituição possuem certificação botânica, são validadas cientificamente.
“O próximo passo após a implantação do Núcleo é a iniciação científica para que os alunos possam elaborar produtos e distribuir para as Unidades Básicas de Saúde juntamente com as orientações”, relata a coordenadora do curso de Farmácia, professora doutora Juliana Dantas Mendonça.
Farmácia Viva
De acordo com a Agência Eco Nordeste, a iniciativa foi criada em 1983 pelo pesquisador Francisco José de Abreu Matos, após três décadas de estudos e catalogação de plantas nativas brasileiras. O professor Abreu Matos estudou cerca de 600 plantas, em mais de 35 anos de pesquisas, e elegeu 70 para usar no projeto Farmácia Viva. Do legado deixado pelo professor Abreu Matos, restou o Horto de Plantas Medicinais da Universidade Federal do Ceará (UFC).
O Governo do Estado do Ceará também mantém o Núcleo de Fitoterápicos (Nufito), A Farmácia Viva Lucia Gurgel é mantida numa parceria entre a Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF) e a Universidade de Fortaleza (Unifor).
Com informações da Agência Eco Nordeste