A estudante do 10º período de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tiradentes (Unit), Bruna Oliveira, encontrou na Iniciação Científica a oportunidade para aproveitar a faculdade, ir além da graduação e viver uma das experiências mais emocionantes da vida. Através do projeto em que participou, ela desenvolveu o interesse pela pesquisa científica e a vê como uma forma de ampliar os conhecimentos e transformar teoria em prática.
Juntamente com o colega do 9º período do curso, João Alfredo Moura, e orientação do professor Murilo Lacerda, Bruna desenvolveu o projeto intitulado ‘Rolê na Farolândia: Caminhabilidade urbana e qualidade de vida’. “A pesquisa resultou em uma análise contendo mapas definindo as áreas mais críticas e de potencialidades divididas entre o estudo de suas calçadas, fluxos de pessoas, rotas, área de sombreamento, ruídos, odores, permeabilidade e gabarito de altura das fachadas”, explica.
“Buscamos entender qual o significado de caminhabilidade, a importância das pessoas em experienciar a vivência nas ruas para a vitalidade urbana; entender o reflexo da construção e desenvolvimento do bairro, como objeto de estudo, e analisar como isso influenciou e influencia na infraestrutura física do bairro e na caminhabilidade, ou a falta dela, na vida de moradores e transeuntes do bairro. Assim, propusemos algumas diretrizes como propostas de intervenção para a modificação desses espaços para melhorar a qualidade de vida urbana no bairro”, justifica Bruna.
Iniciação Científica
“Se pudesse definir a experiência com uma palavra, seria desafiador. Primeiro por iniciar a pesquisa durante a pandemia, que encontrei como uma saída para o desânimo que eu estava sentindo quanto a falta de viver a faculdade. Segundo, por iniciar a pesquisa já na reta final do curso. Elaborar a pesquisa junto com o TCC foi uma das experiências mais emocionantes da minha vida”, diz.
Segundo Bruna, a Unit foi essencial durante a trajetória. “Sempre tive o apoio necessário, dispostos a ajudar e esclarecer todas as dúvidas que vieram surgindo durante a trajetória. Sempre disponibilizou materiais, debates, discussões essenciais para a formação e para a realização do trabalho. A construção de laços que se originaram na faculdade que, com certeza, quero levar para a vida”, afirma a futura arquiteta.
Importância
Para ela, a participação no projeto a ajudou a enxergar que o estudo do urbanismo vai além do conteúdo explicado nas salas de aulas. “Pude analisar e sentir a cidade, entender sua formação, o relacionamento do espaço físico construído com as pessoas, e de que forma isso beneficia a vitalidade urbana. A pesquisa foi uma oportunidade essencial para abrir novos caminhos de especialização na minha área de trabalho”, acredita.
“Sempre gostei de mobilidade urbana, então a realização dessa pesquisa me mostrou novos olhares sobre a arquitetura e urbanismo para além da construção civil. O que pode servir para outros alunos e pesquisadores. Buscar algo relevante para um assunto que tenha interesse de forma que aquilo agregue cada vez mais para o aprendizado, tanto na vida acadêmica quanto profissional”, acrescenta.
“Cada vez mais eu encontro algo que me apaixono mais. A área de pesquisa realmente me interessa muito. Poder sair do papel toda a teoria adquirida e poder botar em prática, buscar resultados, é sem dúvida gratificante demais. São tantas oportunidades e possibilidades pela frente, não gostaria de limitar as minhas decisões. Mas qualquer oportunidade boa que surgir pela frente, tentarei agarrar, sem dúvidas. A Iniciação Científica foi uma porta para que novos projetos possam vir”, conclui Bruna.
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