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Hábitos saudáveis podem influenciar o metabolismo depois dos 60 anos

O pesquisador doutor Estélio Dantas explica uma recente pesquisa sobre o funcionamento do corpo após os 60 anos.

às 11h10
Imagem: Freepik
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O pesquisador e professor da Universidade Tiradentes (Unit), doutor Estélio Dantas.
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Um estudo realizado com 6,4 mil pessoas em 29 países mostrou que, entre os 20 e os 60 anos, o metabolismo do corpo humano tem o mesmo pico de funcionamento. Somente aos 60 é que ele começa a desacelerar. Por isso, especialistas na área de saúde e performances humanas indicam que durante a juventude é preciso desenvolver hábitos saudáveis, que refletirão na terceira idade.

Segundo o pesquisador e professor da Universidade Tiradentes (Unit), doutor Estélio Dantas, a pesquisa corrobora o que já se sabia. “A velhice produz uma desaceleração do metabolismo, porém, ao contrário do comumente difundido, antes dos 60 anos as mudanças corporais são muito mais devidas a causas comportamentais do que ao funcionamento do corpo humano”, disse.

Um dos ramos da biologia que estuda as alterações do DNA com base no comportamento do indivíduo é a epigenética. “A epigenética nos ensina que a nossa expressão gênica, embora controlada por nosso DNA, será modulada pelo estilo de vida. Como a cada sete anos, aproximadamente, reciclamos a maioria das células de nosso corpo, o organismo que teremos depois desse período dependerá de nossos hábitos de vida atuais”, explicou o pesquisador.

O envelhecimento é causado por uma cadeia de acontecimentos que acompanham a oxidação de radicais livres no corpo, gerando uma preocupação com os hábitos das pessoas idosas. Apesar de não existir uma fórmula para a longevidade, a ciência já chegou à conclusão de que existem táticas para melhorar a qualidade de vida.

“As intervenções não medicamentosas podem ser efetivas na reconquista e manutenção da saúde. A combinação do exercício físico com alimentação frugal balanceada, cuidados com a saúde mental e exposição ao meio ambiente ecologicamente adequado são capazes de melhorar a saúde das pessoas, diminuir a quantidade de remédios utilizados e, inclusive, levar a um provável aumento da longevidade”, disse o doutor Estélio.

De acordo com ele, a geração atual é privilegiada pelo acesso a informações. Isso causa impacto na qualidade de vida, embora também produza sedentarismo. “Contrariando essa tendência ao sedentarismo, ela já tem mais informações sobre estilo de vida saudável, acarretando menor hábito de tabagismo que as gerações anteriores, bem como uma maior consciência da necessidade da prática de esportes e alimentação saudável. Como eles são mais críticos e autossuficientes no tocante à aprendizagem, sabem que precisam contrabalançar sua maior inserção no mundo virtual com práticas saudáveis no mundo físico”, concluiu.

Sendo assim, alimentação adequada, exercício físico regular e moderado, sono de qualidade e ausência de estresse, bem como estar em meio ambiente adequado, são capazes de produzir respostas orgânicas menos agressivas ao funcionamento do corpo.

 

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