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Inclusão e diversidade no EAD: como o Serviço Social promove uma educação equitativa

O papel fundamental dos assistentes sociais na garantia de uma educação enriquecedora para todos

às 15h11
Laísa Dias- professora tutora de Serviço Social da Unit
Laísa Dias- professora tutora de Serviço Social da Unit
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No cenário educacional atual, a busca por inclusão e diversidade tem se tornado uma prioridade para garantir uma educação equitativa e enriquecedora. O Ensino a Distância (EAD) desempenha um papel significativo nesse contexto, possibilitando o acesso ao conhecimento a um número maior de pessoas, independentemente de suas limitações ou desafios. 

Embora a inclusão seja uma condição inerente à prática do serviço social, essa é uma área que desempenha um papel fundamental na promoção da inclusão no ambiente educacional, isso porque seu Código de Ética, assume o compromisso de eliminar todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças.

“No ambiente educacional, especialmente no contexto EAD, é essencial garantir o direito ao acesso e à permanência na educação, respeitando a diversidade étnico-racial, linguística, cultural, econômica e identitária dos indivíduos, incluindo pessoas com deficiência física, visual, intelectual, auditiva, psicossocial e com transtornos globais do desenvolvimento e síndromes”, destaca a professora tutora de Serviço Social da Universidade Tiradentes (Unit), Laísa Dias.

Suporte e acompanhamento

Além de fornecer suporte direto aos alunos com diferentes necessidades, os profissionais de Serviço Social podem contribuir de diversas formas. “O assistente social pode contribuir por meio de consultorias, assessoramento e/ou criação de projetos, bem como atuando diretamente no desenvolvimento de ações de inclusão, em departamentos assistência estudantil dentro do ambiente universitário, bem como nas avaliações socioeconômicas para ingresso pelo sistema de cotas e concessão de bolsas”, exemplifica.

A atuação dos assistentes sociais combina dois aspectos: o pedagógico e o assistencial, já que para identificar as condições limitantes para o acesso e permanência no ensino superior, os assistentes sociais utilizam informações fornecidas no ato da matrícula ou durante as aulas.

“Para tanto, é necessário que a capacidade técnica-operativa do assistente social (privativa da nossa profissão) se some a capacidade pedagógica, no sentido de promover um acolhimento técnico aos alunos para conhecê-los; uma escuta e observação sensível por meio de encontros virtuais ou canais de comunicação do Ava; promover oficinas que tratem da temática inclusão e desigualdade; elaboração, aplicação, tabulação e análise de Fichas com perfil de aluno de forma a perceber situações que necessitem de acompanhamento de outros profissionais ou mesmo de encaminhamento para outros serviços”, elenca.

Em termos de suporte pedagógico, é necessário adequar metodologias para atender as necessidades dos alunos. “É preciso promover avaliações formativas que levem em consideração vários aspectos da aprendizagem; promover encontros virtuais síncronos ou assíncronos em formatos que sejam acessíveis a todos os estudantes; informar e encaminhar alunos a rede de serviços especializados da instituição de ensino”, infere.

Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicossocial (Napss)

Para assegurar a inclusão de estudantes com diferentes necessidades, é fundamental implementar estratégias eficazes respaldadas pelo aparato legal que suporta práticas inclusivas. Leis como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), a Constituição Federal de 1988, o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) e o Decreto 5.296 de 2 de dezembro de 2004, que trata da acessibilidade das pessoas com deficiência, são fundamentais nesse processo.

Uma estratégia eficaz que foi implantada na Universidade Tiradentes é o Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicossocial (Napss). “O Napss atende alunos e colaboradores com deficiências, síndromes, transtornos, ou vivenciam situações de conflito que interferem no processo de aprendizagem e/ou nas relações sociais e comunitárias”, explica Laísa.

O Núcleo, de acordo com a professora tutora, conta com uma equipe composta por assistentes sociais e oferece diversos suportes para o público-alvo. Por exemplo:

Pessoas cegas ou com baixa visão: disponibilização de laptop adaptado com Dos Vox, Jaws e programa de tela de contraste para realização de atividades de M.E. e avaliações; disponibilização de computador adaptado com Dos Vox, Jaws e programa de tela de contraste para realização de atividades de M.E. e avaliações, em sala do Napss; disponibilização de TV, computador com scanner, régua, lupa, áudio livros e livros em Braille.

Pessoas surdas: acompanhamento de intérprete de Libras nas avaliações presenciais e durante as aulas em atividades intra e extra muros.

Deficiente locomotor ou com mobilidade reduzida: disponibilização de recursos de mobilidade dentro da universidade.

Deficiência intelectual, Síndrome ou Transtornos: condução de reuniões de orientação com colegiados de cursos, Núcleos Docentes Estruturantes – NDE’s e professores que tenham em suas salas de aula alunos com deficiências, síndromes, transtornos, etc., propondo adaptações metodológicas, bem como recursos de acessibilidade.

Como ter acesso aos serviços?

Telefone: (79) 3218 2170/3218 2270

E-mail: Napps@unit.br

Disponível em: https://portal.unit.br/institucional/napps/

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